Imagine que, decidido a trocar toda a linha branca dos eletrodomésticos ? que incluem itens como geladeiras e lavadoras ?, um cliente inicia uma busca por um site de comparação de preços. As lojas indicadas, no entanto, não parecem muito confiáveis. Desconfiado, ele pesquisa e descobre que muitas das empresas recomendadas no portal de avaliação de preços estão, também, na lista de empresas não recomendadas pelo Procon.
Artur de Leos, produtor cultural, passou por essa experiência. O site de comparação de valores, nesse caso, era o Buscapé. Incomodado com a situação, o rapaz imaginou que esse seria um problema enfrentado também por muitos consumidores que trilhassem aquele mesmo caminho.
?Inseridos nesse processo, começamos a elaborar uma petição. A Change.org se uniu à causa e se ofereceu para conduzir a reclamação ao Buscapé?, conta. ?Para nosso espanto, menos de 24h depois tínhamos centenas de assinaturas?.
A Change.org à qual o produtor cultural se refere é uma plataforma que funciona como um meio para que cidadãos e consumidores elaborem petições, com foco nas mais variadas causas. Nesse caso, funcionou como um meio para que Leos conseguisse comprar de maneira segura e trouxe soluções também para a empresa.
A petição gerou bons resultados em pouco tempo. O número de assinaturas cresceu e, em menos de um mês, o Buscapé tomou atitudes para facilitar o desempenho do cliente no site. Assim, criou um link no portal que dá acesso a uma lista de ?empresas com práticas comerciais não confiáveis?. Além disso, essas companhias já foram retiradas do site.
Como afirma Leos, a internet foi um instrumento potencializador. Encontrar a solução para aquele problema sem o auxílio da rede não seria tão rápido ou tão provável. ?Foi uma ação totalmente digital?, diz. ?Uma empresa tem que estar atenta ao relacionamento on-line, pois o consumidor está na internet”, finaliza.
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Saiba mais também na edição de outubro da revista Consumidor Moderno.