No artigo de janeiro abordamos a consolidação de alguns comportamentos que se intensificaram com a pandemia, um desses pode ser notado em muitas pessoas: a revisão de interesses e prioridades para os próximos períodos. As mudanças que os indivíduos têm passado impactam tanto vida pessoal quanto profissional.
“Não se pode fazer coisas grandes se você se distrair com coisas pequenas.”
Insight Timer
Para entender certas questões que quero evidenciar, perguntei ao ChatGPT OpenAi as razões pelas quais as pessoas estão nesse processo de revisão de suas vidas no pós-pandemia, a resposta trazida veio bem alinhada ao que se observa de tendências e está relacionada a quatro dimensões:
- Saúde e Segurança: a pandemia tornou as pessoas mais conscientes da importância da saúde e segurança. Os consumidores estão mais preocupados em se proteger e cuidar de seus entes queridos, isto levou a mudanças nos hábitos de consumo.Além disso, há uma preocupação mais holística em relação à saúde e bem-estar, não somente no aspecto físico, mas também no mental. A busca pelo equilíbrio passa a ser uma prioridade incluindo o tempo de conexão e a devida atenção dada às atividades consideradas relevantes.
- Estabilidade financeira: a pandemia também avivou a importância do equilíbrio financeiro. Muitas pessoas perderam os seus empregos ou tiveram rendimento reduzido, o que as levou a reavaliar os hábitos de despesas e prioridades financeiras.
Muitos consumidores estão retardando a substituição de produtos de tecnologia e adquirindo itens usados e reciclados em diversas categorias. - Equilíbrio entre trabalho e vida pessoal: nos últimos três anos muitas pessoas passaram a trabalhar de casa ou em formato híbrido, o que lhes proporcionou maior flexibilidade nos seus horários de trabalho. Isto levou trouxe à tona o equilíbrio trabalho-vida e na importância de passar tempo com a família e amigos, poder se dedicar a hobbies, entretenimento e certas atividades do seu interesse, que podem envolver o autodesenvolvimento.
- Responsabilidade Comunitária e Social: no período da pandemia cresceu a importância da responsabilidade comunitária e social. As pessoas estão mais conscientes do impacto que as suas ações têm sobre os outros, e são mais propensas a apoiar as empresas que dão prioridade à responsabilidade social e à retribuição às suas comunidades. O senso de comunidade e pertencimento impulsionou negócios locais, que se tornaram prioridade na visão de muitos clientes.
Nesse contexto, os indivíduos repensam os próximos meses e pretendem escolher melhor suas prioridades pois enfrentam um cenário de policrises em 2023, guerra, inflação, desemprego, polarização social, problemas de saúde pública etc. Algumas perguntas passam a ser mais frequentes, como:
- O que são itens de consumo essencial?
- O que é mais importante na vida?
- Como manter equilíbrio financeiro frente à inflação?
- Que hábitos são mais saudáveis?
- O que fazer no tempo livre?
- Qual atividade profissional é mais interessante?
Certas pessoas estão dispostas a escolher, dizendo sim ou não, selecionando aquilo que é importante, isolando ruídos e focando sua atenção e sobretudo sua energia. O momento para muitos é realizar grandes feitos ou projetos e eliminar atividades que não sejam essenciais.
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Como afirmou Greg McKeown, em sua obra ‘Essencialismo: a disciplinada busca por menos’ , ser um essencialista é utilizar um método que ajuda a identificar o que é vital e eliminar todo o resto para poder dar maior contribuição aquilo que realmente importa. Os consumidores sentem que, nesse momento, é preciso focar a energia no que é essencial, o lema menos é mais nunca foi tão importante.
Para as organizações a situação não é diferente, muitas estão revendo propósito, estratégia e objetivos para se adequar à nova realidade que se impõe.
As marcas divulgam valores e sua essência para fortalecer a conexão com seus clientes, que se identificam com certas causas apoiadas pelas empresas. Tempos essenciais para consumidores e marcas!
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