Teatro, cinema, biologia, tecnologia, filosofia. A amazonense Lina Lopes percorre todas essas áreas de conhecimento com facilidade. Idealizadora e diretora criativa da Lilo.Zone, um ateliê compartilhado de arte para uso criativo da tecnologia, ela implantou dois chips em si – para fazer testes e desenvolver seus próprios projetos. Adepta à cultura maker, segue seu próprio caminho de experimentação e tem se aventurado até pelo biohacking.
Confira a edição online da revista Consumidor Moderno!
Para compreender a sua visão de mundo, conversamos com ela sobre sua história e projetos. Confira:
Formação – uma visão uniforme
Lina Lopes: Eu fiz escola técnica em eletrônica, mas desde cedo me envolvi com teatro e dança. Aos 14 anos, como eu era boa em matemática, minha mãe me colocou para aprender lógica de programação e banco de dados. Meu diploma mesmo é na área de cinema. Mas, na real, não existe diferença entre dirigir atores, escrever uma peça ou um script de programação. Estamos falando de linguagem.
Trajetória artística
LL: O cinema e o teatro possibilitaram com que eu trabalhasse com ferramentas de videomapping e pixel map.Fui diretora técnica da fachada da FIESP durante um ano nos festivais interativos. Como artista, as minhas propostas sempre acabam usando mais suportes tecnológicos,como instalações imersivas, que proporcionam experiências.
O ateliê
LL: Planejar as instalações artísticas é sempre um desafio técnico e intelectual. No Lilo.Zone, nossa questão é como conseguir fazer um uso criativo de tecnologia. Para mim, um cliente não é um cliente, mas sim um empreendedor. Vamos fazer o projeto acontecer juntos e vai ser uma experiência única. Tomie Ohtake, Audacity, Google são empresas com as quais costumo trabalhar.
Uma publicação compartilhada por Lilo.Zone (@lilo.zone) em
Biohacking
LL: As pessoas entendem tecnologia como objeto técnico e eu entendo como conhecimento científico aplicado. No ateliê a gente tem essa visão. Quando comecei a fazer objetos vestíveis e protótipos, criei tintas condutivas para tatuagens temporárias. Na época, tive contato com laboratórios de química e biologia e começamos a prototipar novos materiais. Hoje em dia, fazemos alterações genéticas em bactérias.E, neste momento, estou produzindo couro vegano a partir de fungos e bactérias.
Uma publicação compartilhada por Lilo.Zone (@lilo.zone) em