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Brasileiros devem gastar R$ 3,4 bi em sites da China

Brasileiros devem gastar R$ 3,4 bi em sites da China

Proporção de quem compra em sites internacionais passou de 5% para 23% em um ano, diz PayPal-Ipsos

A China lidera entre os países onde os brasileiros mais compram pela internet. O país foi destino para 29% dos e-consumidores brasileiros nos últimos doze meses, segundo pesquisa do PayPal com a Ipsos divulgada hoje (17). O estudo avaliou o comportamento de 23 mil internautas em 29 países para entender por que as pessoas compram pela internet. Em 2015, os brasileiros devem gastar R$ 3,342 bilhões com compras online na China.

No Brasil, onde foram entrevistadas cerca de 800 pessoas, o estudo mostrou que 67% efetuaram compras na internet no último ano. E a proporção de quem realizou mais de 50% das suas compras online em mercados internacionais passou de 5% para 23%, de 2014 para 2015.

E para cada região escolhida pelo consumidor para a compra online, havia um motivo específico. Na China, por exemplo, o motivador principal é o preço mais em conta, segundo 85% dos entrevistados brasileiros. Para 64%, a chance de comprar produtos que não são encontrados no mercado brasileiro é o principal motivo.

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Segundo Renato Pelissaro, diretor de marketing do PayPal, o câmbio influencia cada vez mais esse comportamento, uma vez que a moeda chinesa frente à brasileira torna vantajosa a compra para brasileiros. Neste mercado, afirma, o que conta é a quantidade e não a qualidade do produto. E origem dos itens aqui não é levada em consideração. “Quem opta pela China, claramente, a estratégia é preço”, afirma.

Outras razões para comprar em sites chineses é o frete barato ou, muitas vezes, gratuito – motivo para 54% dos brasileiros comprarem na China. A descoberta de novos produtos é motivo para 63% dos consumidores.

A região da Ásia e do Pacífico é destino de 32% dos internautas brasileiros. Mas há outros destinos. Os sites dos Estados Unidos receberam a visita de 32% dos e-consumidores brasileiros nos últimos doze meses.

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Neste caso, a qualidade do produto é o que chama mais atenção, segundo 67% dos internautas. Para 64% deles a possibilidade de descobrir itens novos e interessantes é o motivador para comprar no e-commerce norte-americano. O preço também conta, claro que menos do que quando o destino é a China: para 55% os bons preços motivam a compra no e-commerce dos Estados Unidos. A maior variedade e disponibilidade de itens foi resposta de 56% e reputação da loja é resposta de 57%.

Neste ano, os brasileiros devem gastar R$ 9,5 bilhões em compras online nos Estados Unidos. O valor maior que o da China deve-se ao ticket médio, que é maior do que no país asiático. Na China, os brasileiros compram com mais frequência e em maior volume, ao passo que nos Estados Unidos, a frequência é menor, bem como o volume, mas o valor médio da compra é maior.

A Europa é destino de 12% dos entrevistados, ao passo que países da América do Sul e Central receberam 8% dos internautas brasileiros no último ano. África e Oriente Médio receberam a visita de 2% dos entrevistados brasileiros. O Japão foi destino de 7%, ao passo que a Argentina representou 8% dos destinos.

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Considerando as categorias mais buscadas em sites internacionais, os itens de arte, coleção; roupas, calçados e acessórios; e joias e relógios são as que têm mais afinidade com as compras online, ao passo que produtos de saúde e entradas para eventos esportivos.

Oportunidades para o varejo
Diante de um cenário assim, como o varejista online pode reconquistar o consumidor brasileiro? “Esta é uma pergunta de mais de R$ 1 bilhão”, brinca Pelissaro. “Há categorias que são por natureza mais buscadas no varejo online daqui do que em sites internacionais, como alimentos. Mas o varejo online de moda, por exemplo, tem uma vida mais complicada diante da alta competitividade dos preços chineses.

“Há um desafio competitivo grande nesse segmento. E o fato de o câmbio ter se deteriorado, o que era óbvio antes, agora não e tão óbvio”, avalia. “É uma briga difícil, e exige que o varejo online busque mais qualidade, crie marcas próprias para trazer uma percepção maior de valor agregado e invista em conseguir um custo de frete menor”, avalia o executivo.

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