Entre os temas abordados na FEBRABAN TECH 2022, um deles chamou a atenção: “beyond banking“. Também chamando de “superapp“, esse conceito vem sendo visto como uma estratégia de sucesso adotada pelos bancos e fintechs, que propõem um novo modelo de serviços financeiros pensado nas necessidades de seus clientes.
Por meio de investimentos tecnológicos e parcerias, o setor passa a expandir seu portfólio para além do universo financeiro tradicional dos bancos. O beyond banking então agrega soluções que vão desde marketplaces até ofertas que visam aprimorar o estilo de vida do usuário.
Para debater o tema, o FEBRABAN TECH apresentou o painel: “Muito mais do que banco: A evolução do Beyond Banking no Brasil”. O debate contou com Nathalia Britto (Santander), Pedro Bramont (Banco do Brasil), Ray Chalub (Banco Inter) e Tiberio Caio Boff Zortea (Caixa).
A transformação dos bancos pelo Beyond Banking
Para os convidados do painel foi unânime a constatação de que estamos no começo desse movimento no Brasil, porém, ele está transformando rapidamente a forma como enxergamos os players financeiros no país e, sobretudo, a experiência do cliente com bancos.
Segundo Ray Chalub “é natural e coerente que a indústria financeira seja desbravadora em beyond banking”. “Hoje fornecer uma vida financeira completa para os clientes é uma missão do Inter”, pontua Chalub.
Para Natália Brittto, se trata de uma “oportunidade para novos negócios, onde o beyond banking deve ser uma estratégia centrada no cliente”, diz a executiva do Santander. Nesse sentido, Natália destaca o Grupo Santander, onde mais de 35 empresas trazem uma oferta de valor que vai além do banco tradicional.
“Beyond banking, é criar uma oferta que vai além do financeiro
“No setor imobiliário, por exemplo, atuamos desde o início da jornada do cliente com o sonho do imóvel. Desde a identificação do imóvel com nossos parceiros até o crédito em si. E, posteriormente, em tudo aquilo que complementará esse objetivo do cliente. Isso é beyond banking, é criar uma oferta que vai além do financeiro”, frisa Natália.
Beyond banking é conexão de propósitos
Para Tiberio, o conceito de beyond banking deve “conectar o propósito do cliente com a instituição financeira, e deve estar dentro do dia a dia do cliente”. Com 113 milhões de contas, certamente a Caixa tem uma audiência enorme para essa conexão e desenvolvimento de novos serviços e produtos.
Segundo Tiberio esse conceito deve trazer também segurança e confiabilidade na instituição. “Segurança é um ponto e o desafio é saber aproveitar essa audiência e atender o cliente da forma que ele precisa”, explica Tiberio. “Para isso precisamos sair do modelo tradicional e entender as preferências de cada cliente”, destaca.
Integração: ponto-chave em beyond banking
Integração de serviços e canais de relacionamento é um ponto sensível em beyound banking. Nesse contexto, Pedro Bramont, do BB, entende que a melhor integração é que permite a criação da melhor oferta e do melhor auxílio para os clientes.
Nesse sentido Pedro destaca: “Todo produto tem vocação para ser uma plataforma”, diz o executivo sobre essa característica em beoynd banking, de ser uma plataforma de novos serviços. Complementando o raciocínio, Pedro conclui: “e não existe beoynd banking sem parceria”.
Essa unificação para o atendimento também foi destacada pelos convidados como pilar importante em beyound banking. Para Ray Chalub, do Inter, o segredo é antecipação. “Integração de canais de atendimento realmente é um desafio no beyound, mas, o ponto aqui é ser preditivo”, diz.
Se fossemos resumir o que é beyond banking ele seria uma camada de inteligência no setor financeiro
Beyond banking é sobre inteligência financeira
Ao final do painel, fica nítido que o conceito de beyond banking está revolucionando o mercado para bancos no Brasil. Mais do que ofertar crédito, essas instituições agora aliam solidez com o desenvolvendo de novos serviços atrelados à vida financeira de seus clientes. Parcerias determinam as possibilidades e o olhar e ouvidos atentos à preferência de seus clientes se sobrepõem na criação de novas estratégias. Se fossemos resumir o que é beyond banking ele seria uma camada de inteligência no setor financeiro.
Já sobre o futuro e os limites desse conceito, os executivos entendem que tudo é uma questão de avaliação. Como bem conclui Tiberio: “o foco não e fazer tudo, mas entender qual será o próximo passo”.
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