Um estudo produzido pela Capgemini mostrou um curioso (e até preocupante) ponto de vista sobre a segurança do setor financeiro na Alemanha, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Índia, Reino Unido e Suécia. O resultado: um em cada cinco executivos (ou 21% do total) dos bancos, seguradoras e outros empresas desse segmento da economia está totalmente confiante na capacidade de detectar e impedir uma violação contra a segurança do internet banking.
A visão dos executivos dos bancos contrasta com a opinião de quem realmente interessa: o correntista. Segundo a pesquisa, mais de 83% dos consumidores confiam nas instituições financeiras dos países pesquisados. O percentual de confiança do cliente nos bancos é muito superior aos demais setores, tais como e-commerce, telecomunicações e varejo (todas com 13%).
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“Os bancos estão evoluindo em suas capacidades para combater a ameaça sofisticada que os cibercriminosos representam, mas a compreensão pública das ameaças e desafios permanece baixa”, explica Maliha Rashid, líder de Cibersegurança da Capgemini.
O estudo conduzido com 7,6 mil consumidores e mais de 180 profissionais de privacidade e segurança de dados de bancos e de seguradoras de oito países destaca o nível de confiança creditada aos bancos pelos clientes.
Consumidores veem confiança nos bancos e seguradoras como vital
A maioria dos consumidores considera a privacidade e a segurança de dados como um fator extremamente importante na escolha de seu banco (65%). A lacuna entre a percepção dos consumidores e a realidade talvez possa ser explicada pelo fato de que, apesar de uma em cada quatro instituições financeiras já ter sido vítima de ataque, apenas 3% dos correntistas sabem que seu próprio banco foi violado.
E no Brasil?
Você pode não acreditar, mas o Brasil dita tendência quando o assunto é tecnologia bancária. Muitos dos países listados na pesquisa ainda usam cartões de tarja magnética nos caixas eletrônicos e não possuem outras formas de identificação do correntista. Aqui, os bancos usam chip e também leitores biométricos – e faz tempo.
Aliás, os EUA ainda preservam um velho hábito na hora do pagamento: o famoso contracheque. Aqui, o pagamento é na conta corrente.