A era da automação, sem dúvida, chegou. Cada vez mais vivemos em conjunto com as máquinas e é inegável perceber o quanto o uso delas facilitou a atividades cotidianas para os negócios. Acelerada pela pandemia, a automação ocupou o centro das atenções em 2020, permitindo às organizações simplificar tarefas e processos tediosos e repetitivos, bem como melhorar o trabalho geral em casa.
Essa tendência, iniciada no ano passado, segue ativa para 2021 e deve revolucionar a maneira de usar a tecnologia dentro das empresas. Hoje, temos novos desenvolvimentos em inteligência artificial e aprendizado de máquina, um investimento mais significativo em tecnologia e uma vivência, portanto, mais constante com a inovação.
O importante, agora, é estar por dentro das tendências. O que 2022 reserva para essa ferramenta de tecnologia? Essa pergunta foi analisada pelo Centro de Inteligência Padrão (CIP), que destacou quatro tendências para o uso da automação nas empresas e indústrias. Confira:
1. O uso das máquinas no pós-covid será uma realidade
Se em 2020 a automação veio para suprir a falta de contato humano — imposta pelo isolamento social —, nos próximos anos, ela virá para facilitar os processos de atendimento, direcionando os profissionais a tarefas menos repetitivas. 2020 trouxe limitações na interação entre humanos devido a problemas de saúde imprevistos, que abalaram as bases da interação humana antes do Covid-19.
Mecanismos sem contato do consumidor e do funcionário, portanto, ganharão mais adoção em 2021. Essa tendência pode refinar a experiência geral do cliente, uma vez que o suporte ocorrerá tanto por meio da automação quanto, em último caso, por meio do contato humano.
Vale dizer que a automação também atua como um catalisador, acelerando a automação de tarefas repetitivas e rotineiras dentro e em toda a rede estendida de empresas.
2. Um grande empurrão para reduzir a complexidade
Visto que 2020 foi um ano desafiador — e 2021 tem seguido na mesma linha —, a automação vem não apenas para suprir o contato humano, mas também para reduzir as fricções e complexidades. Assim, a tendência é que isso alimente estratégias de automação e arquitetura no próximo ano. Haverá um grande impulso para alavancar a automação para remover a complexidade sempre que possível, em parte para lidar com as realidades do trabalho remoto e muitas incertezas contínuas, em parte também porque a TI está fundamentalmente mais complexa do que nunca.
Vale lembrar que, conforme o ecossistema nativo da nuvem explodiu, o mesmo ocorreu com a quantidade de opções. No fim, o ditado da ciência da computação é verdadeiro: estamos apenas movendo a complexidade.
3. Não somente mais automação, mas mais orquestração
2021 é o ano da orquestração de fluxos de trabalho automatizados entre domínios — para preencher uma das lacunas restantes de uma organização totalmente transformada digitalmente. Destaque para entender que a orquestração é a configuração, gerenciamento e coordenação automatizados de sistemas de computador, aplicativos e serviços.
4. Lições dolorosas que ficam para aprendizagem
A pandemia, querendo ou não, serviu como um grande conglomerado de processos voltados à automação, todos movimentados de uma hora para a outra, com pouco tempo para maturação e amadurecimento da capacidade das máquinas. Para alguns, isso foi um esforço positivo. Para outros, no entanto, algumas lições ficaram marcadas.
O ano da pandemia ficou marcado, tecnologicamente falando, por líderes de negócios que se voltaram para a automação como uma forma de complementar e aprimorar os esforços de transformação digital. Ou seja, os avanços os avanços que foram projetados para aplicação em anos foram reduzidos para aplicação em semanas, e vieram, sobretudo, para dar sustentabilidade aos processos mais consolidados.
Isso tem com consequência os futuros impactos para o pós-pandemia, que podem ser tanto bons quanto ruins. O CIP observou que, anteriormente, a maioria das formas de automação — como RPA, por exemplo — não melhora os processos por conta própria. Essas formas apenas os ajudam a correr mais rápido e com mais frequência. Isso não é bom se o processo subjacente for interrompido.
Assim, nos próximos anos, ficará mais evidente uma delimitação clara entre aqueles que automatizaram de forma eficaz e aqueles que não o fizeram, ditado pelo quão bem a empresa entende os processos subjacentes que está automatizando. Automatizar processos interrompidos costuma ser muito mais prejudicial do que não automatizar.
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