De acordo com o levantamento da Abad (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados) em parceria com a FIA (Fundação Instituto de Administração), que aponta os dados preliminares do crescimento das empresas atacadistas e distribuidoras, o setor apresentou queda de 1,89% no acumulado de 2014.
Para o presidente da entidade, José do Egito Frota Lopes Filho, o ano passado foi atípico e conturbado nos aspectos econômico e político, o que influenciou as decisões de compra. ?A confiança do consumidor anda reduzida e o emprego dá os primeiros sinais de enfraquecimento. Nesse cenário, é natural que as famílias racionalizem o consumo; mas não é possível deixar de comprar produtos básicos como alimentos, limpeza doméstica e higiene pessoal?, afirmou em nota o presidente.
Ainda de acordo com José do Egito os números que apontam crescimento negativo são temporários, pois a base de comparação é alta, por causa da euforia de consumo de itens alimentares e de cuidados pessoais mais sofisticados, o que não condiz mais com a realidade.
A entidade trabalha com um cenário em que as medidas econômicas do governo surtam efeito e no qual o consumo de produtos mercearis se mantenha consistente, permitindo que crescimento do setor, em 2015, atinja algo entre 1,5% e 2%.
A projeção de crescimento moderado leva em consideração as pesquisas que apontam crescimento nas vendas do varejo de vizinhança que possui entre um e quatro checkouts, exatamente o segmento onde atuam os agentes de distribuição, em detrimento das grandes lojas.
Os dados mensais apontam retração de 6,68%, se comparando dezembro de 2014 ao mesmo mês de 2013. Já em comparação com novembro de 2014, houve um crescimento real (deflacionado) de 11,35%.
José do Egito lembra que os números definitivos do crescimento do setor serão conhecidos depois de realizado o levantamento anual Ranking ABAD/Nielsen, que é divulgado no fim de abril.
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