Diante de tantas ferramentas de compra existentes atualmente, das mais simples às mais tecnológicas, uma ainda se destaca por seus diversos benefícios: a cédula de papel. Portanto, hoje quero falar um pouco sobre esse assunto, mostrando suas particularidades e vantagens na hora da compra.
O primeiro ponto que julgo importante falar é o poder de negociação. Seja qual for o produto ou serviço, independentemente do valor, quando se paga em dinheiro, se ?barganha? com mais facilidade, ou seja, se consegue descontos mais interessantes, podendo economizar uma quantia considerável.
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Isso acontece porque a empresa que está comercializando, além de não precisar esperar a administradora do cartão paguar a quantia devida, recebe o valor integral da venda, não tendo que pagar nenhuma taxa pela operação. Isso faz com que o comércio tenha uma margem maior para estabelecer seus preços, repassando ao consumidor em forma de desconto.
Outro aspecto bom é o fato de que, com dinheiro em mãos, se torna mais difícil passar por algum sufoco. Por exemplo: se encontrar aquele produto que estava precisando muito (necessidade), com um ótimo preço, mas a maquina de cartão de crédito/débito está sem sinal, ou ainda pior, o estabelecimento não aceita esse tipo de pagamento.
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Para quem pega ônibus/metrô/trem ou come com frequência na rua, imagina se os cartões de transporte e de alimentação resolvem não funcionar? Quando se trata de eletrônicos e tecnologia, sempre pode acontecer algum problema técnico que impossibilite a efetivação do pagamento. Então, quem tem dinheiro vivo na carteira, poderá se sair bem da maioria das situações, até porque, essa ferramenta é a única aceita em todos os lugares.
E tem mais vantagem: quando se utiliza dinheiro vivo para fazer as compras, se consegue um controle mais eficaz dos gastos, isso porque estamos literalmente vendo esses valores saindo de nossas mãos, de nosso poder. As contas pagas com cartão de crédito, por exemplo, acabam se misturando, tendo prazos diferentes e, com isso, muitas vezes perdemos o domínio das finanças.
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A consequência dessa falta de ciência das despesas pode levar ao endividamento inconsciente e até à inadimplência, o que não é nada bom, principalmente em tempos de crise e instabilidade, com juros do cartão de crédito e do cheque especial nas alturas.
Dinheiro na mão não é vendaval, quando utilizado com sabedoria e educação financeira.
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Reinaldo Domingos é educador financeiro, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira e autor da primeira Coleção Didática de Educação Financeira do Brasil.