A próxima sexta-feira (24) está sendo tratada por diversas empresas e consumidores como a grande data de vendas do ano. Em alguns setores, as vendas na Black Friday superam, inclusive, o comércio no Natal. É o caso dos eletroeletrônicos. No último trimestre do ano passado, 38% do faturamento do setor veio somente da Black Friday, enquanto o Natal, antes queridinho das vendas, representou 29%.
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Não é por acaso, portanto, que a Samsung está de olho na data e a estratégia da empresa já vem de algum tempo. A contratação de Tite, técnico da seleção brasileira, como garoto-propaganda, por exemplo, foi pensando na Copa do Mundo do ano que vem – e as vendas que antecedem um dos mais importantes momentos de venda de televisores.
E a Black Friday vai ser um grande teste de vendas para a campanha com o técnico da seleção. A expectativa é que a super temporada de vendas, que leva em conta também o Natal, também antecipe parte do consumo esperado para o ano que vem.
“A crise fez as pessoas a se programarem melhor para as compras e elas enxergam essas datas como oportunidades únicas”, afirma Guilherme Campos, gerente de produto da área de TV da Samsung.
E ao contrário do que acontece nos Estados Unidos, onde de fato nasceu a Black Friday, a Samsung promete abatimentos em produtos que acabaram de serem lançados. Não vai ser sobra de coleções passadas, segundo Campos. A ideia é fazer com que a história de “black fraude”, apelido pejorativo para a data no Brasil, passe longe.
Quero o meu smartphone
Mais uma vez, os smartphones estão no topo dos produtos mais procurados para a Black Friday. Quem afirma isso é o comparador de preços Zoom. Para atrair os consumidores, já há produtos com descontos agressivos, mesmo antes do “dia D”. A linha J, de celulares intermediários, é a menina dos olhos da Samsung para a Black Friday: trata-se da grande aposta de vendas acima dos dois dígitos.
“Ele é um dos celulares mais vendidos do Brasil, de acordo com a GfK”, afirma Renato Citrini, gerente de produtos da área de dispositivos móveis. “E os descontos serão altos, chegando a R$ 500 em alguns aparelhos.”
Indústria e varejo
Apesar de trabalhar em parceria com o varejo, a Samsung também aposta que grande parte de suas vendas virá de seus canais próprios: tanto o e-commerce da Samsung, quanto as suas 290 lojas. O discurso oficial, no entanto, é que uma venda não canibaliza a outra. “O varejo é o dono do preço, não temos nenhuma intenção de diminuir a margem deles”, afirma Citrini.