A privacidade dos usuários é uma das questões mais sensíveis da atualidade quando se fala do ambiente digital. Qualquer dado que seja utilizado pelas empresas precisa necessariamente passar pela aprovação do próprio consumidor (por isso são necessários os famosos termos de uso). Nos Estados Unidos, porém, a Apple vai precisar responder judicialmente uma ação coletiva que alega que a Siri (assistente de voz) está violando a privacidade de alguns usuários.
Os reclamantes do processo argumentam que a Siri está utilizando informações privadas para gerar anúncios. Um dos usuários afirmou que uma conversa particular com seu médico sobre um novo tratamento cirúrgico fez com que ele recebesse anúncios direcionados para aquele tratamento. Outras duas pessoas trouxeram casos parecidos – conversas privadas sobre as marcas Air Jordan, Pit Viper e Oliver Garden geraram anúncios posteriores sobre tais produtos.
As assistentes de voz no geral, incluindo a Siri, deveriam entrar em atividade quando acionadas. No caso da Apple, com a frase “Hey Siri”. Nesses casos, porém, não foi isso que aconteceu. O juiz Jeffrey White, que relatou o caso à Reuters, afirmou que os reclamantes podem tentar provar que a assistente rotineiramente grava conversas privadas a partir de ativações acidentais, possibilitando que a Apple divulgasse tais informações aos anunciantes.
Segundo o juiz, os reclamantes podem alegar que a Apple violou a lei federal de escutas e a lei de privacidade da Califórnia, além de ter cometido violação de contrato. Não é a primeira vez que o estado norte-americano vê casos como esse. Em julho, o Google passou por processo semelhante enquanto a Amazon também enfrenta uma ação envolvendo a Alexa.
*Com informações da Reuters
+ Notícias
Senacon vai orientar Procons sobre a lei do superendividamento
Como o superendividado pode renegociar diretamente com as empresas?