“Efeito Amazon” ou “apocalipse do varejo”, chame como quiser. O fato é que o mundo mercadológico do varejo mudou com a ascensão do comércio eletrônico encabeçada pela gigante norte-americana. O Credit Suisse já havia alertado há cerca de um ano a derrocada, dizendo que 25% dos shoppings centers nos Estados Unidos desapareceriam até 2022. O mesmo banco suíço, por outro lado, divulgou nesta semana uma análise, obtida pelo portal Business Insider, na qual sete empresas vão sobreviver ao “apocalipse” no longo prazo, e uma delas é brasileira.
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O Magazine Luiza mais uma vez é destaque por sua performance no canal online, que vem alavancando os resultados da varejista nos últimos anos. Em 2017, o lucro líquido foi de R$ 389 milhões, cerca de 250% a mais que em 2016 (R$ 86 milhões), o que foi o melhor resultado já registrado pela empresa. Segundo o Credit Suisse, as empresas com um robusto negócio como o da brasileira tem um bom retorno do fluxo de caixa na equação do preço de suas ações na bolsa e o investimento dos acionistas.
Esse valor foi comparado com a mediana histórica dos últimos cinco anos e a previsão para o próximo ano. Com isso, o Credit Suisse conseguiu verificar quais empresas teriam suporte e sustentação em momentos de crise. Basicamente, as sete empresas têm em comum o fato de que o e-commerce se sobressai em seus negócios e preços atrativos em relação à concorrência.
Confira quais são as empresas que vão sobreviver ao chamado “apocalipse do varejo”:
1) Zalando (Alemanha)
Um dos maiores marketplaces de moda da Europa, o Zalando está presente em 17 países do continente, com uma interface simples, porém eficiente.
2) JD.com (China)
Atrás apenas do Alibaba, o JD.com faz grande sucesso na China com suas promoções e um marketplace integrando inúmeros sellers, com variados produtos.
3) Magazine Luiza (Brasil)
O Magazine Luiza é uma das empresas brasileiras de maios ascendência no mercado nacional. Após a passagem de bastão de Luiza Helena Trajano para Frederico Trajano, o e-commerce e o investimento no digital se destacaram e revolucionaram o modelo de negócio da empresa.
4) Home Product Center (Tailândia)
Outro marketplace, o maior da Taillândia e um dos mais proeminentes da Ásia. O foco da empresa na internet são os produtos para casa.
5) Burlington Stores (Estados Unidos)
Indo na contramão das lojas de departamento nos Estados Unidos, que vem ruindo e registrando prejuízos, a Burlington investiu na operação online e foi a única loja de departamento apontada pelo Credit Suisse como salvação ao “apocalipse”.
6) ASOS (Reino Unido)
A marca britânica de roupas e acessórios apostou no marketplace para aumentar seu portfólio e cobrir seus custos operacionais, com as parcelas de vendas de diversas outras marcas em sua plataforma.
7) Dufry (Suíça)
Conhecida nos aeroportos pelo mundo, a maior varejista com foco nos turistas também figura na lista por sua performance integrada entre o online e o físico.
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