A Agência Nacional das Telecomunicações (Anatel) divulgou nesta segunda-feira (25) a atualização do seu planejamento estratégico até 2024. Entre outras conclusões, o documento projeta maior concentração no mercado de telefonia móvel.
A análise de concentração do mercado é feita a partir de um índice chamado Herfindahl-Hirschiman (ou apenas HHI). Em linhas gerais, é uma medida da dimensão das empresas relativamente à sua indústria e um indicador do grau de concorrência entre elas. O nome é uma homenagem aos economistas Orris C. Herfindahl e Albert O.Hirschmann e é amplamente utilizado na aplicação das regras da defesa da concorrência, da regulação antitruste e também da gestão da tecnologia.
Essa concentração é medida por meio de uma variação entre 0 a 1, sendo que 1 é considerado um mercado monopolizado. Já o zero seria cenário de maior competitividade.
Móvel concentra. Banda larga aumenta a concorrência
Dito isso, aos números. Segundo a Anatel, o índice do mercado móvel seria de 0,25 nos dias de hoje. No entanto, a projeção do órgão aponta que o mercado poderá chegar a 0,37 já em 2023. Ao Teletime, a agência informou que essa concentração é um processo natural, e até desejável, no sentido de dar ao setor um reequilíbrio sustentável.
Por outro lado, existe um movimento contrário no mercado de banda larga fixa. A Anatel projeta uma leve melhora na concorrência até 2023, saindo dos atuais 0,1529 para 0,1500. É um dos segmentos mais competitivos quando o assunto é telecomunicação.
Perfil da rede
O plano estratégico também aponta o perfil da cobertura das telecomunicações até 2024. Uma das conclusões importantes é que o percentual de população que moram em áreas cobertas pela telefonia móvel migrará dos atuais 97,3% e poderá chegar a 98,65%
Outra projeção da Anatel mostra o forte avanço da internet banda larga nas áreas rurais do País. O percentual mostra que a cobertura sairá dos atuais 44% para 73,04%. Já a fibra ótica deve chegar a 4883 municípios – hoje são 4012.
Outro dado importante é o aumento da média de banda larga contratada pela população brasileira: sai dos 45 Mbps e chegará a 150 Mbps.