A Amazon liberou uma função que permite o controle do usuário de uma prática recorrente, porém controversa da empresa de Seattle: a revisão da gravação de áudio capturado por dispositivos eletrônicos que tenham o assistente de voz da empresa, a Alexa. A opção já está disponível.
Em abril deste ano, a Bloomberg revelou a existência de milhares de empregados pagos para ouvir o que usuários diziam para a Alexa. Na ocasião, a empresa alegou que as transcrições serviam apenas para a melhorar a experiência do cliente da empresa.
O problema é que essa função não estava inclusa dentro dos termos de uso, logo não havia uma comunicação clara sobre o tratamento do dado por voz feito pela empresa fundada por Jeff Bezos. Hoje existem muitas funções inseridas dentro da Alexa, o que inclui até mesmo a conta corrente por meio de um dispositivo com esse assistente de voz.
Prática de mercado
Embora à primeira vista pareça um absurdo a gravação por voz, isso não necessariamente é algo novo dentro dos negócios das “Big Four” – expressão usada para designar as maiores empresas de tecnologia do mundo, caso da Amazon, Apple, Google e Facebook.
Sabe-se, por exemplo, que Apple e Google ouviam e também mantinham equipes para ouvir as gravações. No entanto, elas informaram que essas áreas foram suspensas.
No caso do Google, estima-se que a empresa faça a transcrição de 0,2% das gravações do mundo todo. Pouco? No ano passado, foram registrados cerca de 2 bilhões de dispositivos com o sistema Android, o que permite afirmar que pouco menos de 2,5 milhões de smartphones foram monitorados.
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