O Alibaba, gigante grupo chinês do ramo de e-commerce, foi alvo de um ataque hacker que expôs dados de 1 bilhão de clientes. O crime ocorreu por meio do acesso a dados de um parceiro da companhia, o Taobao — também um site especializado em compras online. As informações coletadas incluem nome, número de telefone, comentários, e-mail e outros detalhes privados dos consumidores.
Segundo o jornal The Wall Street Journal, o responsável pela coleta dos dados vasculhava a plataforma desde novembro de 2019 e passou meses sem ser notado. Em julho de 2020, o Alibaba notou o problema e comunicou as autoridades; um desenvolvedor e seu empregador foram condenados a três anos de prisão, além do pagamento de multas de aproximadamente R$ 352 mil.
“O Taobao dedica recursos consideráveis para combater a coleta de dados pessoais não autorizada em nossa plataforma, já que a privacidade e a segurança nos são da maior importância”, disse um porta-voz do Taobao, alegando, também, que o próprio site descobriu o hackeamento.
Dos problemas, o menor. Pelo o que se sabe do caso, as informações que vazaram não chegaram a ser vazadas na internet e nem compartilhada com terceiros. No entanto, as ações do grupo chinês caíram mais de 1 na bolsa de valores de Hong Kong .
Governo chinês pretende aumentar controle sobre gigantes da internet
O novo vazamento de dados acontece em um momento em que o governo China estuda controlar mais de perto as empresas que lidam diariamente com a coleta de informações de milhões de consumidores — como o Alibaba e a Tencent (desenvolvedora do aplicativo WeChat).
Isso porque Xi Jianping pretende fazer da China uma das líderes mundiais em big data. Pequim, a capital do país, já tem investido forte em centros de processamento de dados para tornar a atividade um dos pilares da econômicos do país.
Em setembro de 2021, entrará em vigor no país uma nova política de segurança de dados que visa dar poder ao governo para dissolver ou multar empresas de tecnologia que tenham problemas com a gestão desses dados.
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