Quando se inicia uma conversa sobre economia, a expressão do brasileiro se torna mais tensa ? tanto na mesa do bar, quanto no espaço de trabalho ou no sofá de casa. Assim, o cidadão olha assustado para os jornais, para os preços do supermercado e para a conta bancária.
De fato, a situação não está fácil. Essa tensão, porém, ofusca a visão dos indivíduos e faz com que eles ignorem os avanços sociais ocorridos nos últimos anos. O estudo Pulso Brasil, realizado pela Ipsos Public Affairs, área da Ipsos especialista em pesquisa social e reputação corporativa, mostra justamente que a classe C passou de 62,7 milhões de pessoas para 103,1 milhões. As classes AB também cresceram. Em 2005, eram formadas por 26,4 milhões de indivíduos. Hoje, são 42,4 milhões.
Ao mesmo tempo, nesse período, a proporção de jovens entre 18 e 24 anos que frequentam o Ensino Superior subiu de 27% para 51%. Nos últimos cinco anos, o número de usuários de internet subiu 60% e 36 milhões de brasileiros saíram da pobreza.
Porém, como afirma Graziela Castello, gerente de pesquisa da Ipsos Public Affairs. ?em dez anos, o número de pessoas que acreditavam que o Brasil está no caminho certo passou de 34% para 8% em 2015?.
Preocupações sociais
Nesse cenário, as prioridades do brasileiro mudaram. Em um ranking geral, entre as classes sociais estudadas, ficou evidente que a violência é a principal preocupação ? uma vez que foi a opção escolhida por 28% dos entrevistados. Em segundo lugar, está a questão da saúde, com 17%.
Em uma separação por classes sociais, o cenário é um tanto variado. Confira:
Classe AB
Congestionamento
Educação
Classe C
Drogas
Pobreza
Classes DE
Falta de água
Moradia