A partir de hoje (31 de março), o preço dos medicamentos fica até 12,5% mais alto. Apesar de o aumento valer para novos estoques, já tem consumidor com dificuldade de encontrar produtos nas farmácias com os preços anteriores. A inflação, oscilações do câmbio e o aumento da energia elétrica foram argumentos usados para a elevação dos preços. Por isso, a Proteste Associação de Consumidores dá dicas para que o impacto no orçamento doméstico seja menor.
1) Pesquise em diferentes redes de farmácias e drogarias, e não deixe de pechinchar. Há diferenças mesmo dentro da mesma rede, de uma loja para outra. Percebe-se grande margem de negociação e diversas farmácias e drogarias cobrem preços da concorrência.
2) Consulte seu médico sobre a possibilidade de usar a versão genérica do medicamento. O genérico, em regra, é mais barato. Mas, não deixe de pesquisar preços de genéricos fabricados por diferentes laboratórios, pois há diferenças entre eles.
3) Peça para seu médico receitar o medicamento pelo nome do princípio ativo e não pelo nome de marca. Assim, será mais fácil verificar a existência de genéricos e optar pelo mais barato. Mesmo se na prescrição do medicamento constar o nome de marca, é permitida a troca por medicamento genérico na farmácia, desde que seja feita por farmacêutico, que pode orientar o consumidor.
4) Pacientes que tratam hipertensão ou diabetes devem consultar o médico sobre a possibilidade de utilizar um dos medicamentos que constam da lista do Programa Farmácia Popular. Além dos medicamentos gratuitos para hipertensão, diabetes e asma, o programa oferece mais 13 tipos de medicamentos com preços até 90 % mais baratos, utilizados no tratamento de dislipidemia, rinite, mal de Parkinson, osteoporose e glaucoma, além de contraceptivos e fraldas geriátricas para incontinência.
Há uma série de farmácias e drogarias que participam do programa. Procure pelo cartaz exposto no estabelecimento. Para obter esses descontos, é preciso que o paciente leve a receita e tenha em mãos o CPF. Também há programas dos governos estaduais e municipais que subsidiam o tratamento com remédios.
5) Para quem tem doença crônica, também outra forma de economia é a adesão a programas de fidelização de laboratórios. A adesão é feita pelo site das empresas ou por um telefone 0800, identificado nos rótulos dos produtos. O usuário se inscreve por telefone ou e-mail e passa a fazer parte do programa dos laboratórios que disponibilizam esse tipo de produto. Dependendo do medicamento, os descontos chegam a até 70%, o que equivale em alguns casos aos preços das versões genéricas.
6) Caso prefira a compra online, cuidado para não ser vítima de medicamentos falsificados. Tome algumas precauções. Saiba que somente farmácias e drogarias abertas ao público, com farmacêutico responsável presente durante todo o horário de funcionamento, podem fazer a dispensa de medicamentos por telefone ou internet.
O endereço eletrônico da farmácia deve ter “.com.br” e deve conter na página principal todas as informações do estabelecimento, como a razão social, endereço, CNPJ, horário de funcionamento, telefone, nome e número de inscrição no Conselho Regional de Farmácia (CRF) do Responsável Técnico e Licença ou Alvará Sanitário. Deve ser informado o telefone para contato com o farmacêutico, responsável técnico ou seu substituto, para orientações sobre o uso do medicamento.
7) Seja cauteloso com os anúncios de produtos que prometem “milagres” relacionados ao emagrecimento ou à cura de doenças. As propagandas de medicamentos devem apresentar informações completas e equilibradas e não podem destacar apenas aspectos positivos do produto, quando se sabe que todo medicamento apresenta riscos.
Verifique se o medicamento anunciado possui registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pois pode se tratar de um produto irregular ou mesmo de uma falsificação. O número de registro de medicamentos é iniciado pelo algarismo 1. As normas sanitárias que regula a propaganda de medicamentos também se aplicam aos anúncios na internet.