Janeiro é o mês das contas. Além de impostos importantes, como IPTU e IPVA, para quem tem filhos, matrícula, mensalidade e a tão assustadora lista de materiais escolares podem significar altos gastos.
No caso dos materiais, este ano os artigos escolares estão até 35% mais caros do que em 2015, segundo dados da Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares e de Escritório (ABFIAE). Para minimizar pelo menos este problema, levantamos dicas para ajudar a economizar e evitar o endividamento logo no início do ano.
?Com a proximidade do início das aulas, o consumidor precisa pesquisar preços, comparar benefícios e características das marcas disponíveis no mercado, além de negociar valores e formas de pagamento para fazer escolhas mais assertivas?, explica a coordenadora executiva do Idec, Elici Maria Checchin Bueno.
Vale ressaltar que é importante ficar atento ao tipo de material exigido pela escola. ?O Código de Defesa do Consumidor (CDC) classifica como prática abusiva a cobrança de qualquer valor ou solicitação de compra de material de uso coletivo como: papel higiênico, algodão, álcool, flanela, entre outros produtos que não sejam utilizados exclusivamente pelo aluno. Se isso acontecer, o consumidor deve conversar na escola e se não for atendido em sua solicitação efetuar reclamação em canais como Procons e o Consumidor.gov.br?, conclui a coordenadora.
A PROTESTE Associação de Consumidores também lembra que os pais têm o direito de conhecer a lista antes de assinar o contrato com a escola. Caso não esteja pronta, a família pode solicitar a relação do ano anterior para ter uma base e combinar com o colégio uma data para receber a atual. Esta é a única forma de evitar surpresas desagradáveis.
A escola também não pode determinar a marca ou papelaria onde o material deve ser comprado, nem exigir a compra dentro da instituição, mesmo que ela tenha esse serviço. Apostilas de fabricação própria são a única exceção, mas o uso deste material deve ser informado na hora da matrícula.
Confira outras dicas:
1) Antes de sair às compras, os pais devem verificar os produtos que sobraram do ano anterior e reaproveitá-los;
2) Avaliar se há necessidade de comprar material para o ano todo ou se é melhor fracionar a compra, por exemplo, semestralmente;
3) Pesquisar preços em diferentes pontos de venda, comparando marcas e estabelecimentos. Na impossibilidade de comprar cada item em locais diferentes, a saída é pesquisar a lista como um todo;
4) Reunir outros pais e fazer a compra em conjunto também é outra forma de economizar;
5) Também é aconselhável não levar os filhos às compras, para evitar pressões pela aquisição de produtos da “moda”;
6) Avalie a qualidade dos itens, o preço e as condições de pagamento. Evite pagamento parcelado, e sempre negocie descontos ou melhores condições;
7) Exija sempre a nota fiscal, tíquete do caixa ou cupom do ponto de venda, fundamentais se houver necessidade de troca;
Para facilitar a vida de pais e alunos, a PROTESTE elaborou a Cartilha do Estudante, com dicas para conciliar o orçamento doméstico com a lista de material escolar.