A APAS 2018, evento de varejo realizado em São Paulo e focado no setor supermercadista, trouxe inovações que deixaram de ser tendências e estão sendo integradas ao dia a dia do varejo. As empresas de tecnologia trazem soluções que vão desde a compilação de informações detalhadas sobre o consumo em uma região geográfica para criação de programas de desconto, até armários automatizados para retiradas de compras e sistemas de segurança por reconhecimento de imagem.
Conheça as seis soluções de destaque apresentadas pelas empresas de tecnologia:
1. Big data turbinado
A Cielo lançou serviço de informação ao varejista que contempla a base de dados da empresa de mais de 6 bilhões de transações por ano. A empresa aposta na capacidade que ela possui, por meio da análise de seus dados de transações, de avaliar o comportamento do consumidor nos diferentes segmentos e resumir essas informações no Índice Cielo de Varejo Ampliado (ICVA), serviço da Cielo oferecido ao varejo.
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Segundo Renata Daltro, diretora comercial da Cielo, é possível “fazer uma análise de todos os clientes que frequentaram uma loja e se depois de um período eles voltaram naquela loja ou não. E ainda se não voltaram por que foram para o concorrente ou por que deixaram de comprar no setor”, explica.
A empresa garante que o serviço não revela os dados dos consumidores, mas identifica os hábitos de consumo ao rastrear as operações pelo número dos cartões. Segundo a empresa, o varejista não tem acesso às compras de cartões específicos, mas recebe dados gerais compilados, transformados em porcentagem e números totais.
Outra garantia que a Cielo dá é em relação a não interferência nas disputas entre players de um mesmo segmento. “Se eu percebo que você deixou de frequentar um determinado supermercado e eu tenho como ativar (promoções) para que você volte. Tenho como fazer isso via outro estabelecimento. Um estabelecimento que não esteja concorrendo”, garante Renata.
2. Maquininha de pagamento que faz tudo
A Cielo está apostando também na sua máquina LIO de meios de pagamento que recebe aplicativos produzidos pela própria Cielo ou por qualquer desenvolvedor para que o varejista tenha um computador inteiro em sua mão capaz de fazer toda operação que precisar, de maneira digital, da gestão do estoque ao registro de pedidos e recebimentos e pagamentos.
“Você pode pegar um celular e baixar o aplicativo que você quiser. E ali você consegue fazer toda gestão. A Lio é a mesma coisa. Ela é uma plataforma aberta, onde você pode integrar outros aplicativos”, explica Renata.
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3. Lockers
A Consinco apresentou seu sistema de lockers (armários automatizados) para encurtar o caminho entre consumidor e produto e dar facilidade em relação à retirada dos produtos na loja ou em outros locais. Silvio Sousa, diretor comercial da empresa, aponta que os lockers podem ser usados dentro das lojas de varejo, fora das lojas (em locais de grande movimento) ou mesmo em condomínios residenciais para armazenar os produtos com segurança até que o comprador possa retirá-los.
“O cliente faz um pedido e escolhe um lugar de retirada que tenha um dos lockers. O sistema do varejista gera um QR Code, que já tem o endereço de onde foi armazenado o produto. Chegando o produto, o consumidor recebe isso por um e-mail ou aplicativo e coloca o código de frente para o leitor. Ele abre a porta e retirar o produto”, explica Sousa.
4. Hub de controle de tecnologias
A Bematech e a TOTVS lançam o hub de internet das coisas capaz de, ligado a sensores e câmeras, fazer a comunicação entre as diferentes tecnologias e já processar as informações, qualificando e quantificando as pessoas que andam pela loja, por exemplo.
“No segmento de supermercados, por exemplo, você pode conversar com sensores, câmeras, refrigeradores, gôndolas frias, câmeras frias e outros equipamentos que o varejista precisa e monitorar tudo para evitar perdas”, explica Ronan Maia, vice-presidente da TOTVS.
Os sensores e câmeras são capazes de identificar o estado de humor das pessoas e dar características físicas ao mesmo tempo em que organiza esses dados e gera insights para o varejista. “O hub recolhe essas informações e devolve isso ao CRM para que o pessoal de marketing faça algum tipo de tratativa para direcionar melhor as ações, ofertas e campanhas para envolver esse público”, diz Maia.
5. Prateleiras inteligentes
As prateleiras já são capazes de contar os itens que são retirados pelos consumidores. Um sistema de sensores nas prateleiras possibilita que o setor interno da loja saiba, em tempo real, quais mercadorias estão sendo retiradas. As informações vão para a nuvem e, organizadas, fornecem informações para reposição de estoque e contagem precisa e em tempo real de itens escolhidos pelos consumidores.
Essas prateleiras, produzidas pela Tyco, também têm o poder de manter os produtos organizados. Isso acontece pelo sistema de pusher, que empurra os itens para frente, evitando espaços vazios à mostra.
6. Segurança por reconhecimento de imagem
Os sistemas de segurança nas lojas e nos estoques estão ganhando a ajuda das tecnologias que fazem reconhecimento por imagem. A Tyco e a Johnson Controls agregam aos tradicionais sistemas de segurança a câmera 360 graus, que dispensa outras câmeras para monitoramento dos espaços.
As câmeras são munidas de reconhecimento por imagem que, na frente de loja pode identificar pessoas e, no estoque, possibilitam reconhecer por sobreposição de imagem se houve mudanças no ambiente e retirada de itens que não tenham sido registradas pelo sistema de contagem de estoque.