“Hoje, qualquer empresa nasce global, mas nem todas as empresas são globais”. A frase é de Alexia Ohannessian, líder internacional de marketing da Trello, startup americana que oferece ferramenta de organização de projetos e que hoje está presente no Brasil, Alemanha e Espanha.
A revista NOVAREJO digital está com conteúdo novo. Acesse agora!
A companhia chegou ao Brasil em 2015, mas de uma forma diferente de outras companhias: apostando em trabalho colaborativo para lançar uma versão em português da plataforma. A executiva contou, durante o RD Summit 2017, alguns pontos que foram importantes para a internacionalização da companhia e que podem ajudar marcas digitais interessadas em operar em outros países. Confira:
1. Identidade
Não tem jeito: a identidade de uma marca deve considerar o local de destino durante o processo de internacionalização. “Quando você entra em um País, precisa considerar que é preciso começar a trabalhar a marca a partir do zero. As pessoas não conhecem você e nem sua história”, disse a executiva.
2. Foque no conteúdo
Algumas marcas erram nesse processo. A começar pela tradução dos seus sites. Há muitas empresas que traduzem o básico, a página inicial, mas mantêm muitas features em sua língua original. Isso gera desconforto no usuário. “Por isso, é preciso traduzir tudo”, diz. A Trello usou os usuários apaixonados pela ferramenta que já utilizavam o serviço em inglês para traduzir toda a plataforma, em um trabalho colaborativo. “É preciso aceitar que não vai sair perfeito e que será preciso fazer alterações o tempo todo, mas tudo bem”, disse.
3. Entenda os usuários
Os usuários da ferramenta nos Estados Unidos não têm o mesmo comportamento dos usuários brasileiros. E é preciso considerar isso no trabalho de internacionalização. “Os usuários lidam com o seu produto de forma diferente, de acordo com sua cultura e seu contexto e é assim mesmo em um negócio digital. E isso envolve até mesmo integrações com ferramentas locais”, disse Alexia.
4. Faça medições constantes
Medir a satisfação dos usuários constantemente é essencial para quem quer entrar em outros países – somente assim é possível entender o comportamento dos usuários e fazer mudanças efetivas.
5. Seja o mais local possível
O conteúdo, a usabilidade e o tipo de canal devem entrar no contexto da cultura local, mesmo quando o produto ou serviço forem disruptivos. É preciso ser o mais local possível e atender as reais necessidades dos usuários do local de destino.
6. Vá antes
Esse ponto é esquecido entre os empreendedores digitais. Cada local tem sua história, seu mercado. Então, antes de investir em um país, visite-o para entendê-lo de perto.