Pesquisa divulgada hoje (10) pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) mostra que, até o final de maio, 56,5 milhões de brasileiros estão na lista de negativados. Entre dezembro de 2014 e maio, 2 milhões de brasileiros entraram no indicador de inadimplentes.
Em maio, frente ao mesmo mês do ano passado, o número de inadimplentes cresceu 4,79%. No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, a alta atinge 4,63%.
Na comparação mensal, o número de pessoas inadimplentes também apresentou ligeira alta, passando de 1,16% para uma alta de 1,20%.
“Ao longo do segundo semestre de 2014, o indicador vinha sendo puxado para baixo por conta da menor disponibilidade de crédito na economia. No entanto, a partir de março de 2015, o que se verifica é um novo repique da inadimplência. A alta dos preços diminui o poder de compra do brasileiro, que já encontra dificuldades em honrar o pagamento de suas dívidas em dia”, explicou, em nota, o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.
Essa renda menor tem provocado mudanças no comportamento do consumidor, que até então prioriza as contas básicas. Agora, até dívidas como as de água e luz estão sendo deixadas de lado, e apresentaram alta de 13,31% em maio, frente ao mesmo mês de 2014.
Contas de telefone, internet e TV por assinatura também estão na lista das dívidas mais recorrentes e apresentaram alta de 12%.
As dívidas com banco, que até então lideravam em crescimento, seguem com alta de 10%. A inadimplência neste segmento tem acelerado: em janeiro as dívidas em atraso com o setor cresciam somente 2,39%.
Ainda assim, o setor bancário ainda é o principal credor do brasileiro, pois as dívidas bancárias representam quase metade no total de dívidas em atraso, seguido do comércio, com 19,85%, que no último mês mostrou queda de 0,29% frente a maio do ano passado.
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