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Web Summit e a revolução dos 20 minutos

Web Summit e a revolução dos 20 minutos

Confira as tendências do Web Summit. Inteligência Artificial e ecossistemas integrados estão para transformar o mundo dos negócios em um filme de ficção

Em sua série “A Fundação”, o autor russo Isaac Asimov exacerbou os feitos da tecnologia a partir do século 20. Em vez de subverter as leis da física em naves intergalácticas, como na ficção russa, a humanidade tem retraído e esticado o tempo e o espaço principalmente com a ajuda da internet.

A capacidade da tecnologia de amontoar eventos e pessoas no difuso espaço/tempo das redes sociais tem transformado o mundo dos negócios definitivamente. Para não serem consumidas por esse turbilhão, as empresas têm se unido em ecossistemas que buscam interpretar o mundo a sua volta e trazer soluções para ele. Com um desafio extra: “tudo está mudando em 20 minutos”, diz Jacques Meir, diretor de Conhecimento do Grupo Padrão. É preciso se reinventar constantemente.

Poster da série “A Fundação”, que deve ser lançada pela Apple

Os robôs são outra parte da ficção que insistem em avançar sobre o mundo real. A sua atuação no mundo dos humanos tem sido sutil, porém, cada vez mais intensa. Seja com a forma humana de Sofia, o robô saudita que interage com o público, ou com o muito mais frequente assistente de voz, que responde às suas dúvidas no celular (às vezes até quando não é chamado) e já faz as compras para você.

O no Web Summit 2018, em Lisboa, discutiu as possibilidades da tecnologia e o impacto sobre a rotina de vida e consequentemente, sobre os velhos modelos de negócios do século 20, que ainda derrapam ao dobrar a esquina da transformação digital.

Meir esteve no evento e aponta as quatro tendências que deverão sacudir o mundo dos negócios nos próximos anos. Ou meses. Tudo vai depender do quão rapidamente o público abraçará as novas tecnologias.

1. Cultura de ecossistemas

Algum tempo atrás, as empresas funcionavam isoladamente, mapeavam seus setores e seus concorrentes e isso era suficiente para obter um razoável sucesso no mercado. “De repente, isso perdeu o sentido. As empresas precisam hoje funcionar plugadas, seja com empresas concorrentes, de outros setores ou mesmo com ONGs para levar ao mercado algo que ela não faz habitualmente”, avalia o executivo.

Ele ressalta que o que diferencia a empresa hoje é a capacidade que ela tem de capturar e dominar a informação. Esse labor é algo que as empresas tradicionais sofrem para fazer, mas que as startups dominam. “O Uber, por exemplo, não é um sistema de caronas como se possa imaginar, mas um sistema inteligente que entende como as pessoas se deslocam no ambiente urbano. O iFood sabe como nos alimentamos, algo que o McDonald’s nunca conseguiu fazer”, provoca.

Danone acompanha, por algoritmo, a rotina de consumo dos seus clientes pelas redes sociais (Divulgação)

Como centro desse ecossistema, o consumidor precisa ser compreendido em sua essência. Meir destaca a postura da Danone de revolucionar a forma como acessa informações do seu público. Hoje, a empresa de laticínios mapeia a rotina de alimentação dos seus clientes no Instagram. “Ela percebe que o iogurte já não faz parte da rotina do seu consumidor e adapta a sua atuação, caso contrário, ela estará fora do jogo”, avalia Meir.

2. Novos modelos de engajamento

Engajamento remete quase que automaticamente à presença nas redes sociais. Mas limitar o trabalho a essas plataformas é incorreto. “Ninguém assina Netflix porque ela está no Facebook. Mas todo mundo sabe que a plataforma tem um grau de comprometimento com o entretenimento como nenhuma TV conseguiu”, afirma Meir.

A capacidade da Netflix de engajar seu consumidor está diretamente relacionada a habilidade de captar e utilizar os dados para entregar produtos sob demanda. O diretor do Grupo Padrão destaca que todo o negócio da Netflix é orientado para o consumidor, o que cria um nível de serviço impressionante em todo o ecossistema audiovisual que gira na órbita da plataforma de streaming. “Estamos falando de roteiristas, dubladores, produtores, fornecedores de banda larga… um ecossistema que nunca teve essa escala. Isso faz com que o cliente fique cada vez mais ativo dentro da plataforma”, diz.

3. Inteligência Artificial

As ficções já da primeira metade do século 20 retratavam a inteligência artificial com um misto de fascinação e medo. O que há de real (e próximo de nós) é a destruição cada vez maior de postos de trabalho por força da ação das máquinas.

“AI”, filme baseado na ficção científica de Isaac Asimov levantou questões éticas sobre o uso da Inteligência Artificial

Meir avalia que a humanidade tem uma janela geracional importante para compreender e explorar os potenciais da Inteligência Artificial de forma que possa criar possibilidades e fugir das distopias ao melhor estilo de Isaac Asimov (romancista russo que escreveu “AI”, que virou filme). “O robô faz o que você manda, ele vai fazer isso muito bem e prescinde de inteligência para isso. Nós vamos ter que pensar como preparar os humanos para atividades cada vez mais especializadas”, alerta.

4. Ciclos de 20 minutos

A revolução tecnológica coloca o homem sob a pressão de big bangs e big crushs que se revezam em tempos cada vez menores, com tudo sendo construído e devorado rapidamente. “Estamos no limiar de um tempo onde a nossa interação com o mundo está mudando constantemente. O digital nos impõe pensar de maneira diferente a cada vinte minutos”, diz Meir.

A primeira geração de “robôs domésticos” é a dos assistentes de voz, como a Alexa (Filme “O homem bicentenário”)

Nesse novo mundo, os assistentes digitais de voz são como versões alpha dos robôs destinados a trabalhar para os humanos em suas atividades diárias, como Andrew em “O homem bicentenário” (outra obra de Asimov). “Os assistentes digitais serão as novas interfaces de contato da empresa com o seu consumidor. As empresas não vão mais falar com seu cliente final. A Alexa vai fazer as compras e você terá que se virar para se comunicar com ela”, diz Meir.

Para o executivo, toda empresa precisa mudar seu modelo de negócio porque os atuais, ainda consolidados sobre as estruturas do século 20, não se manterão de pé no terreno movediço da revolução digital. “E não basta simplesmente digitalizar o negócio, você precisa mudar a base. O negócio precisa ser uma plataforma de informação ou ele não terá sentido”, conclui.

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