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3 startups inovadoras que vão mudar o varejo

3 startups inovadoras que vão mudar o varejo

O BR Week, maior congresso de varejo do País, reuniu startups que mudam a lógica de seus segmentos. Veja o que o varejo tem a ganhar com elas

Imagine uma empresa que nasceu para…quebrar o seu negócio. Se não for isso, é bem provável que ela cause algumas dores de cabeça fortes. É isso o que muitas startups têm feitos em determinados setores. Os bancos têm sofrido com as fintechs, o segmento de serviços têm enfrentado concorrência de vários apps e o varejo também tem sua cota nesse “sofrimento produtivo”. Neste caso, porém, o setor pode olhar para essas empresas inovadoras e trazê-las para dentro de seus negócios e, com elas, crescer.

Essa foi a proposta do painel “Ideias disruptivas: rompendo barreiras e criando valor a partir de negócios estabelecidos”, que ocorreu na manhã do primeiro dia do BR Week 2016, o maior congresso de varejo do País, que acontece em São Paulo.

“O disruptivo inverte a lógica e é difícil a gente ver isso nascer de empresas consolidadas”, afirmou Clemente Nóbrega, diretor-presidente da Innovatrix e um dos maiores especialistas em inovação do País. “Grandes ideias, muitas vezes, não conseguem prosperar em ambientes estabelecidos. Fazer o estabelecido aceitar o disruptivo é difícil. E a disrupção nasce fora desses ambientes”, completa.

Nóbrega mediou o painel no qual estiveram presentes três startups que podem ajudar o varejo a crescer. Mas para isso, é preciso que o setor vire a chave e olhe para a inovação de forma diferente. Uma delas é a PiggyPeg, startup que remunera os consumidores que entram e consomem nos pontos de venda. “Nosso negócio é como se fosse o Google Adwards do varejo tradicional”, afirma João Luís Olivério, COO da empresa.

Ele conta que criar uma empresa inovadora que oferece um serviço para o varejo é lidar com várias barreiras, muitas das quais não são tangíveis. “O grande desafio é que o varejista tradicional ainda é um pouco restrito a algumas tecnologias e às vezes ele escolhe algo tradicional, sem ser ousado”, afirma. Para ele, são dois grandes desafios nessa conta: convencer os varejistas a fazer o investimento e convencer o consumidor a usar.

Apesar disso, quem faz a diferença no final das contas é a experiência que o varejo entrega. “A loja é que faz a diferença, a gente apenas ajuda o consumidor a entrar lá. A questão do contato humano é mais do que fundamental para nós e a gente quase implora para o varejista para que ele possa realmente atender o cliente como se ele fosse um cliente qualquer. Nosso grande desafio é justamente conseguir trabalhar melhor essa experiência”.

A Fleety, startup de compartilhamento de carros entre pessoas, teve como principal desafio botar de pé o negócio. “O ponto que tivemos de fazer foi viabilizar o negócio, ainda porque é a primeira empresa em operação nesse modelo e tivemos de romper muitas barreiras que consumiram muito a nossa energia”, afirmou André Marim, CEO da startup. “Estamos crescendo, mas não podemos deixar que os números por si só sejam métricas da vaidade. Preciso perguntar o que estamos entregando de experiência, se o que estou propondo de solução está adequado ao que o cliente espera de valor”, afirma.

A maxiPago!, startup de pagamentos inteligentes, é outra startup que está movimentando o seu próprio mercado. Mas nem tudo é simples. “Nosso desafio foi colocar o básico, preencher as funcionalidades e simplificar tudo isso. Dentro dessa cadeia de valor, podemos inovar e criar uma funcionalidade incrível, mas tem de ter massa critica”, diz Svante Westerberg, co-fundador da maxiPago! “Nosso desafio é gastar menos por transação, ou seja, eficiência. Mas temos oportunidades incríveis também, porque dentro do nosso ponto de vista, a gente está vendo um mundo cada dia mais multicanal e isso está dentro do escopo. Dentro do nosso mercado tem muita coisa para fazer ainda. Estamos com ouvidos abertos. Sem dor não tem mudança”, diz.

Segundo Nóbrega, é assim mesmo que inovação acontece. “Quando falamos em inovação, é impossível não falarmos nas barreiras para essas inovações acontecerem. Nos anos 30 apareceu o autosserviço e a maior parte do varejo estabelecido achava que era uma loucura. A ideia do autosserviço foi extremamente disruptiva, mas hoje é uma das tendências”, exemplifica.

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