Anuncie uma vaga na internet e veja o que acontece com a sua caixa de e-mails em poucos minutos. Currículos e mais currículos inundarão a sua conta , um se dizendo melhor profissional que o outro. Ao mesmo tempo, as empresas procuram, cada vez mais, funcionários inovadores, que podem fazer a diferença. A procura por eles, no entanto, segue a escrita de pedir currículos com qualificações profissionais pela internet.
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Esse círculo vicioso não só pode afastar pessoas inovadoras da sua empresa, como está fadado ao esquecimento. Pelo menos, essa é a opinião das especialistas Graziela Di Giorgi, co-fundadora da Opt-Inn e escritora do livro O Efeito Iguana, Adriana de Queiróz, sócia da Dervish Cultural Insights, e Andrey Vieira, gerente de produtos e inovação da Contax.
Para se identificar pessoas inovadoras e que vão vestir a camisa da sua empresa, é necessário conhecer a pessoa por trás do currículo. “Não existe um estereótipo de pessoa inovadora”, afirma Vieira, da Contax. Mais do que isso, segundo Queiróz, da Dervish, diz que as empresas precisam estimular as pessoas a errarem, pois assim vão conseguir que elas vão atrás de produtos ou serviços que não sejam previsíveis. “Não fomos educados a aprender com o erro”, diz ela.
Esqueça o público-alvo, foque na necessidade-alvo
É normal que as empresas definam o tipo de cliente que querem alcançar. Características como idade, gênero, religiosidade, entre outros, fazem parte desta definição. Para Di Giorgi, no entanto, esse pensamento precisa ficar de lado. Se uma empresa quer ser verdadeiramente inovadora, ela precisa definir uma necessidade-alvo. Ou seja, o foco deve ser a solução de problemas para os consumidores.
“Quem tem público-alvo é o serial killer”, disse a especialista, aos risos. “Quem trata o consumidor como alvo não enxerga uma geração de valor, mas apenas a venda em si.”
Outro fator que deve ser bem observado, de acordo com os participantes, é o tempo de maturação das novas ideias. Para eles, não existe inovação prévia. Ou seja, é impossível saber o resultado de uma ação antes de colocá-la em prática e cometer equívocos durante a formatação do trabalho. “O erro precisa ser celebrado, pois ele faz você perceber as coisas”, diz Queiróz, da Dervish.
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