Se você acha que de uns tempos para cá só se fala em aquecimento global, crise climática, derretimento das geleiras e incêndios incontroláveis… Sim, é isso mesmo. O tema ambiental tomou a agenda geral em todo o planeta e não há sinal de que essa conversa diminua de alcance.
Mesmo diante do cenário de grande preocupação que os cientistas traçaram nos últimos anos, a década passada também foi palco de importantes conquistas na luta contra os fenômenos climáticos. Para dar aquele incentivo de que nem tudo está perdido, o site Fastcompany.com listou 5 vitórias contra o aquecimento global que ocorreram recentemente – em especial, nos Estados Unidos. Inspire-se nelas para os próximos passos!
CORTOU-SE DRASTICAMENTE O USO DE CARVÃO
De acordo com o site, 46% da eletricidade gerada nos EUA vinha do carvão até 2010. Seis anos depois, esse número diminuiu para 25%. Para 2020, espera-se que seja menos de 22% a dependência da maior potência do mundo diante desse tipo de combustível altamente poluente.
Os motivos: aumento do uso de energias renováveis – como a eólica e a solar; equipamentos mais eficientes, que não precisam de tanta eletricidade para funcionar (máquina de lavar, geladeira, TVs, tudo ficou mais inteligente nesse sentido) e, claro, a pressão diante dos danos que a queima de carvão pode causar na saúde.
No Brasil, o carvão ainda é visto como uma fonte de energia alternativa ao petróleo e seu uso segue sendo incentivado. As siderúrgicas brasileiras estão listadas entre os 25 maiores destruidores da Amazônia, por exemplo, segundo dados públicos do Ibama.
ADEUS PRODUTOS QUÍMICOS ANTI-CAMADA DE OZÔNIO
Essa é mais uma mudança de hábito que parecia nunca acontecer, porém, se tornou realidade. Depois do Protocolo de Montreal, ratificado em 1987, diversos países se comprometeram a eliminar o uso de químicos que destroem a camada de ozônio – mais conhecida como a “capa protetora” que impede os raios solares de torrarem tudo aqui na Terra. Os clorofluorcarbonetos ou CFCs, como são mais conhecidos, foram eliminados totalmente do uso nos Estados Unidos em 2010. Essa atitude permitiu a camada de ozônio buscar sua recuperação, bem como impediu que o planeta esquentasse mais 1 grau. Vale lembrar que os CFCs são gases de efeito estufa ainda mais poderosos que o CO2 – problema que estamos enfrentando agora com a poluição causada por indústrias, automóveis e os gases liberados pelos rebanhos bovinos.
REGULAMENTAÇÃO DAS EMISSÕES DE CO2
E por falar nele, o CO2, a última década nos Estados Unidos viu o corte na emissão de 400 milhões de toneladas desse elemento. Ainda é preciso cortar bem mais, porém, a redução consegue fazer os cientistas – e a população, claro – ganhar tempo na luta pelo combate à poluição do ar e ao efeito estufa. Vale lembrar que em 2016, em um novo adendo a ser colocado no Protocolo de Montreal, além de se comprometerem a diminuir a emissão de CO2, 197 países do globo também deverão cortar em 80% a produção e o consumo de hidrofluorcarbonetos (HFCs), outro gás que destrói a camada de ozônio.
GRANDES EMPRESAS ENTRARAM NO ATIVISMO CLIMÁTICO
O que parecia impossível anos atrás, hoje é uma realidade. Alguns dos maiores conglomerados empresariais do mundo resolveram arregaçar as mangas e entrar também na luta pela estabilização do clima. Entre elas, o site lista o Google, que comprou energia renovável na mesma quantidade que a usa, anualmente; e a Apple – que fez uma enorme compra de alumínio sem carbono para produzir seus produtos, influenciando outras marcas a fazerem o mesmo. Os exemplos dados pelo site são notórios, mas é preciso lembrar que uma pesquisa recente mostrou que 100 empresas no mundo são responsáveis pelas maiores emissões globais de CO2 desde 1988.
PESSOAS MAIS CONSCIENTES E ATIVAS
Essa métrica pode parecer mais difícil de contabilizar. Só que a verdade é: entre as gerações mais jovens o tema do aquecimento global e da crise do clima é algo tão presente e tão diário que se torna impossível passar por ele ileso. Principalmente nos países do Primeiro Mundo. O site aponta 2010 justamente como o ano dessa “tomada de consciência” e, desde então, o assunto tem permeado cada vez mais a agenda política mundo afora.
Países que estão promovendo a energia renovável
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