Enquanto a inflação de 2014 deve fechar o ano com um índice superior a 5%, a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo (Fcdlesp) acredita que as vendas do Estado de São Paulo – o mais representativo para o varejo do País – tenham um crescimento de apenas 3%.
No acumulado do ano, segundo a Associação Comercial do Estado de São Paulo (ACSP), a alta de vendas não passará de 2%. O número é similar ao crescimento projetado para o País: de 2,3%, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
No ano passado, o varejo paulista cresceu o dobro desse número: 4% e em 2012, resultado foi quatro vezes maior: 8,4%.
De qualquer forma, mesmo com a cautela dos lojistas, que investiram menos no abastecimento dos estoques de final de ano, a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas garante ao menos que não haverá falta de produtos nas prateleiras.
A expectativa é que os itens mais vendidos neste Natal sejam os eletrônicos (smartphones, tablets e televisores), seguidos de brinquedos, confecções, cosméticos e redes de alimentação.
De acordo com o presidente da Fcdlesp, Mauricio Stainoff, apesar do recente aumento de 0,25% na taxa SELIC, o baixo crescimento do PIB e a dificuldade enfrentada pelo governo em deixar a inflação próxima à meta de 4,5%, as taxas de desemprego estão baixas e, por isso, as vendas do varejo não serão tão afetadas, registrando o crescimento relativamente baixo.
?Um dos mais importantes fatores que afetam as vendas do varejo é a expectativa dos consumidores de se manterem empregados, principalmente as vendas financiadas dos produtos de valor mais elevado?, afirmou em nota Stainoff.
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