Durante o debate ?As responsabilidades emergentes do setor de varejo?, realizado no 2º Fórum Nacional do Varejo, executivos do setor varejista brasileiro discorreram sobre como o setor pode auxiliar o governo a identificar os projetos e as políticas públicas necessárias para contribuir com o crescimento do país. Estavam presentes Flávio Rocha, presidente da Riachuelo e do IDV; João Pedro Paro, que preside a Mastercard; Marcílio Pousada, presidente da rede Raia Drogasil; e Ricardo Bomeny, CEO do Bob?s.
De acordo com o debate, a premissa não é ter uma política específica para o comércio, mas incentivar o governo a transparecer incentivos para políticas públicas mais abrangentes e que possam beneficiar mais setores. Como sem cliente não há negócio, as decisões devem estar focadas em políticas que melhorem, também, o acesso e bem estar do consumidor. Um varejo estabilizado possibilita a inserção e o aumento de clientes no mercado de compra.
Segundo os empresários, o setor está em plena expansão e tem capacidade de atender, acompanhar e antecipar as necessidades e vontades dos consumidores. Sobre isso, Flávio Rocha pontua: ?As pessoas pagam por um serviço e esperam a recompensa disso?.
João Pedro Paro, da Mastercard, lembrou do varejo 3.0. ?Estamos inseridos na vida das pessoas que fazem seus pagamentos, mas é mais do que isso. Estamos presentes antes, durante e depois das compras. Procuramos nos inserir nesse contexto para que as pessoas vejam todo o valor do que fazemos?.
Para o presidente da Raia Drogasil, Marcílio Pousada, o tema central é a responsabilidade. Campanhas de doação para instituições de saúde, projetos de trabalho para pessoas com deficiência e ações de conscientização para o consumidor são essenciais. Em relação aos desafios do varejo alimentar, Ricardo Bomeny, CEO do Bob?s, apontou a dificuldade de diferenciação das ofertas como ponto principal. O aumento da produtividade, custos de ocupação, simplificação tributária e redução da informalidade fazem parte dos desafios.