Apesar de ter reduzido a nota de 13 instituições financeiras no Brasil, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s indicada nesta terça-feira, a S&P não vê novo rebaixamento para o Brasil e destaca que isso só acontecerá se os indicadores externos tiverem forte deterioração e se o governo romper seu compromisso com políticas pragmáticas.
A S&P disse que, apesar de ter identificado uma certa deterioração nas políticas fiscal e monetária brasileiras, o governo continua comprometido com o combate à inflação e com o cumprimento de metas de superávit primário.
Na segunda-feira, a S&P cortou o rating soberano do Brasil para “BBB-“, a faixa mais baixa da categoria de grau de investimento, ante “BBB”, com perspectiva estável. Apesar disso, não havia grande impacto sobre os mercados brasileiros nesta terça-feira, uma vez que o movimento já era esperado pelos investidores , por isso, já havia tinha precificado. Assim, o dólar tinha leve queda ante o real, assim como os juros futuros, enquanto a Bovespa subia.
Varejo brasileiro
Para o varejista brasileiro, o ano é de inversão de paradigmas. O cenário de 2014 para o pequeno investidor, do varejo e varejo de alta renda dos bancos, será de procura por proteção, segundo o presidente do Comitê de Varejo da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), Marcos Daré.
Em 2013, as aplicações em poupança do varejo e varejo de alta renda representaram 39,5% do segmento, chegando a um volume de R$ 597,94 bilhões, contra 36,8% (R$ 496,30 bilhões) no ano anterior. Aplicações em fundos e em produtos de tesouraria, como CDBs dos bancos e letras de crédito perderam espaço, recuando de uma participação de 37,4% em 2012 para 35,1% em 2013.
A Anbima estima que em 2014 os investidores deixarão a poupança em busca de maior rentabilidade. Segundo Daré, os investimentos com mais potencial de atração devem ser os que oferecem isenção de Imposto de Renda, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito Agrícola (LCA), que também fazem parte dos produtos de tesouraria dos bancos.
Dados divulgados pela Anbima apontam que o volume de recursos aplicados no varejo e varejo de alta renda (considerando apenas fundos de investimentos, CDBs, LCA, LCI e Letras Financeiras) cresceu 5,5% em 2013, alcançando R$ 531,6 bilhões. O número de clientes teve crescimento de 2,5%, passando a 7,34 milhões de clientes.
* Com informações da Reuters e da Exame.