Projetadas para serem espaços impressionantes, marcantes e icônicos, tanto em termos de arquitetura quanto de design de interiores e gerar uma conexão emocional com os consumidores, as flagships, também conhecidas como lojas conceitos, retornaram com tudo e são uma grande tendência no varejo. Em um cenário onde a comodidade do comércio eletrônico domina, as lojas conceito oferecem algo que o e-commerce ainda não pode replicar: a experiência da impressão sensorial.
Além disso, as flagships oferecem um nível de atendimento personalizado e exclusivo que simplesmente não pode ser replicado online. De especialistas em produtos a consultores de estilo, os funcionários dessas lojas são treinados para oferecer um serviço excepcional, adaptado às necessidades e preferências individuais de cada cliente.
Com novos hábitos de compra digital, o consumidor está interessado em velocidade e conveniência. Apesar disso, o papel da loja física ainda é essencial, conforme aponta estudo da WSGN. Em 2022, a loja física gerou uma receita de mais de US$ 702 bilhões em todo o mundo, contra US$ 603 bilhões do e-commerce. Ainda segundo o estudo, vale ressaltar, que agora as flagships aparecem em uma escala maior por conta da crescente disponibilidade de imóveis e pela baixa dos aluguéis em pontos disputados devido à pandemia.
Embora a transformação digital chegue com cada vez mais força às empresas tendo que se adaptar aos marketplaces, e-commerces e atendimentos digitais, ainda assim, os clientes preferem estar mais conectados com as marcas e mais confortáveis na hora de adquirir os produtos; é aqui que as flagships ganham o cliente, pela experiência exclusiva que proporcionam. Segundo levantamento da American Express, 70% dos consumidores afirmaram que escolhem uma empresa por ela oferecer uma qualidade de atendimento superior às demais organizações.
Expansão das lojas conceito
O mercado de luxo está testemunhando a abertura dessas maisons em várias partes. Em Nova York, por exemplo, no início deste mês, a Channel inaugurou sua primeira loja exclusiva de relógios e joias em dois andares. Em Paris, a marca carioca Farm abriu em um icônico espaço florido de 260m2 sua loja conceito. No Japão, a Nike abriu a primeira loja conceito da marca Jordan.
No Brasil, esse movimento está em aceleração. No ano passado, a Bulgari inaugurou a maior boutique da grife na América Latina, em um espaço de 282m² com a proposta de ser uma viagem pela elegante cidade romana. Para este ano, uma das grandes expectativas é a abertura da luxuosa joalheria Tiffany & Co. que trará sua primeira flagship store da América Latina para o Brasil no epicentro do luxo, Iguatemi São Paulo.
Além disso, marcas tradicionais do varejo apostam também no formato spin-off, conceito para marcas que querem desejam expandir seu público, entrar em novos setores ou revigorar sua imagem, como é o caso de Havaianas, Amaro, Dengo Chocolates, Riachuelo, Cacau Show, Centauro, dentre tantas outras marcas.
Essas lojas ganham o cliente por cada detalhe, desde a disposição dos produtos até a iluminação e a escolha dos materiais, é meticulosamente planejado para criar uma atmosfera única e envolvente. Ao invés de simplesmente exibir mercadorias, essas lojas são espaços de exploração, onde os consumidores são convidados a mergulhar em uma jornada sensorial.
No contexto, as flagships estão resgatando a essência única do varejo físico, oferecendo aos consumidores uma experiência que vai muito além da simples compra de produtos. Ao combinar arquitetura deslumbrante, design de interiores cativante e um atendimento excepcional, essas lojas estão redefinindo o significado de excelência no varejo e estabelecendo novos padrões para o futuro. Em um mundo cada vez mais digital, as flagships são um lembrete poderoso do poder duradouro e imprescindível da experiência humana.