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“Tap and pay”. E mais nada

“Tap and pay”. E mais nada

A compra a um clique, que  reduz ao mínimo o seu esforço de decisão, é a nova corrida 

A cada minuto, novas modalidades de meios de pagamento e uso do dinheiro estão sendo criadas. Quem duvidar, só precisa passar algumas horas no Money 20/20, maior evento mundial sobre meios de pagamento, e-commerce, m-commerce, comportamento e serviços financeiros que acontece em Las Vegas de 25 a 28 de outubro.

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O fato é que toda a indústria financeira e de varejo, nos EUA e na Europa, está a procura de um novo conceito de transação. Mobilidade, conectividade, uniformidade, multicanalidade e o comportamento do consumidor grudado na tela do smartphone entraram no eixo estratégico dos negócios e novos entrantes, com enorme capacidade de investimento e força inovadora, procuram também lançar as bases desse novo conceito de uso do dinheiro. Não mais o dinheiro físico, nem o cartão, nem assinaturas, senhas e validações e autenticações. O Money20/20 contemplou mais de 500 palestrantes e centenas de conteúdos, painéis, cases, debates para responder ao que os consumidores querem, a partir de agora, fazer no momento da compra. Ou seja, simplesmente “tap and pay”, em tradução livre: tocar e pagar.

A compra a um clique, não intrusiva, não compulsória, que antecipa a sua necessidade e reduz ao mínimo o seu esforço de decisão, é a nova corrida do ouro do mercado financeiro. Mas não apenas de bancos e empresas de cartões de crédito como acontecia até há alguns anos. O jogo hoje inclui pesos pesados como Google, Facebook, Apple, Amazon, varejistas, teles e uma infinidade de startups, todas elas procurando qual será o padrão a ser adotado pelo consumidor para eliminar os traços de fricção que podem atrapalhar o processo de compra.

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O que se busca é a naturalidade, a quase onipresença de sistemas de informação que integram-se ao contexto dos consumidores sem que eles percebam e que oferecem e antecipam necessidades, usando algoritmos continuamente para gerar vendas e novos serviços.

O CEO do PayPal, Dan Schulman, falou sobre a necessidade de “democratizar o acesso ao dinheiro, por meio de carteiras digitais”. O CEO da Nasdaq, Robert Greifeld, enfatizou as diferenças entre empresas de capital aberto e empresas fechadas. O único ponto em comum é justamente a força da mobilidade e desse novo padrão transacional, que vai exigir sistemas de informação robustos, para assegurar transmissão de informação em tempo real.

Executivos de varejistas tradicionais, como Macy’s e Staples, falaram da dificuldade de se falar com Millenials, de acompanhar o seu ritmo e incorporar os canais que essa geração normalmente usa. E então, vemos o desconforto com o uso do telefone, o envelhecimento precoce do SMS e a ascensão irreversível de apps que permitem novas formas de contato, Whats app e Snapchat, por exemplo.

No pitch de startups realizado na segunda (26/10), muitas empresas concorrentes mostraram novas formas de pagamento. Wearables, tokens inteligentes, apps sucedem-se buscando capturar o poder de transação dos consumidores, criar novas experiências e lançar as bases de um terreno inexplorado. A regra de “um toque ou clique e paggue”, porém orienta profundamente todos os novos negócios na área. Empresas consolidadas agora buscam absorver essa energia criativa por meio de Fintechs, ou seja, processos de incubação e de investimento em novas empresas, startups, que possam ajudá-las a inovar e a propor experiências mais simples e tornem os processos de compra tão naturais quanto respirar.

O painel de Fintech mostrou como empresas de ponta, particularmente os bancos, fomentam essas startups. Querem a energia criativa e querem inovação, mas querem controlar o ritmo da mudança. É quase como enxugar gelo. O painel enveredou a discussão para dois aspectos fundamentais: startups causam medo nas grandes organizações. Elas vivem hoje sob a perspectiva de algum negócio disruptivo surgir lhes roubar mercados ou oferecer serviços que não conseguiram prever. Há outra ameaça adicional: ao trazer gente reconhecidamente talentosa para dentro de casa, essa mesma gente pode rapidamente assumir postos-chave dentro de casa, ou, mais precisamente, nas empresas.

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Enquanto a corrida do ouro se desenvolve, o consumidor faz, acontece e cobra. Quer processos mais simples, quer que as compras não tragam ideias comuns, quer sobretudo “tap and pay”, enquanto seu smartphone, por meio de dezenas de apps, traz as melhores ofertas e antecipa a tomada de decisões.

Caminhamos para uma sociedade em que renunciaremos a nossa prerrogativa de decidir o que comprar? Conscientemente vamos entregar nossa capacidade de decisão aos sistemas de Inteligência que já são quase onipresentes?

O que se sabe é que sistemas de alta capacidade como o Android Pay têm apenas 10 linhas código, o mínimo essencial para garantir transações seguras, com encriptação de dados e Analytics e representar ganho de tempo essencial aos consumidores.

São questões agudas que mostram o quanto uma simples frase rende e renderá milhares de exercícios e levará empresas a fechar, venderem-se ou tornarem-se gigantes consolidadores. Sobretudo, o tema central que permeia o Money 20/20 representa o diagnóstico implacável de que a mudança está acontecendo. E está em processo acelerado.

Se você duvida, toque e pague pra ver.

As revistas Consumidor Moderno e NOVAREJO trarão diversos conteúdos, tanto nos sites, redes sociais quanto nas próximas edições impressas para levar aos nossos leitores todas as informações e desdobramentos do Money 20/20.

*Jacques Meir é Diretor de Conhecimento e Plataformas de Conteúdo do Grupo Padrão.

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