O Brasil está em meio a uma revolução financeira. Do Pix ao Open Finance, vivenciamos o surgimento de cada vez mais possibilidades e facilidades de soluções financeiras. O cenário é promissor e o céu é o limite. Mas, como garantir que as necessidades dos consumidores estão sendo atendidas?
Para Pablo de Mello, empreendedor e CCO da CloudWalk, empresa de soluções de pagamentos com blockchain, dona da maquininha InfinitePay, a digitalização do dinheiro e das relações comerciais estão apenas no início de uma transformação que, sem dúvida, passarão a ser mais eficientes por meio do uso de tecnologias exponenciais, tais como computação em nuvem, inteligência artificial, blockchain ou protocolos de finanças descentralizadas.
“Essas novas tecnologias permitirão que mais pessoas tenham acesso a serviços financeiros justos e com qualidade, de forma rápida e sem burocracias. É o que chamamos de democratização dos serviços financeiros”, exemplifica o executivo.
E a tecnologia cumpre o papel essencial na missão de descentralizar e democratizar esse acesso. De acordo com Mello, é por meio dela que conseguimos movimentar o dinheiro na velocidade da luz, tornando as movimentações de pagamentos mais rápidas, provendo soluções mais ágeis e eficientes e também para o ecossistema financeiro brasileiro.
“Outro aspecto importante, é que a tecnologia e os próprios dados em si, permitirão a criação de novos modelos econômicos e de negócios que ajudarão as empresas brasileiras que usarem esses serviços financeiros de nova geração a serem mais competitivas”, aposta o CCO.
Novas modalidades prometem pagamentos mais acessíveis
e livres de juros
PIX parcelado em 4 vezes sem juros: essa é a oferta da Pagaleve, uma fintech brasileira que promete promover uma forma de pagamento inovadora para lojistas e consumidores. A modalidade oferece a oportunidade de compra para qualquer pessoa que não tem ou não gosta de usar cartão de crédito.
Para utilizar o serviço, basta que o cliente, ao fazer o pagamento de uma compra em um e-commerce, escolha a opção “Pix 4x sem juros”, cadastre-se na Pagaleve, utilizando dados como nome, CPF e data de nascimento e, com a aprovação (que leva em torno de 5 segundos), parcela o valor em quatro prestações quinzenais, sendo a primeira parcela paga no momento da compra.
Esse serviço é o chamado Buy now, pay later, modelo de compra já utilizado em países do exterior como Austrália e EUA, e que no Brasil foi batizado de parcelamento inteligente.
Lançado pela Pagaleve, uma fintech brasileira, a modalidade de pagamento está integrada às principais plataformas de e-commerce do país, como Vtex, Magento e Woocommerce. Isso possibilita que as lojas virtuais passem a oferecer de forma simples e rápida, a modalidade Pix parcelado em 4 vezes sem juros a seus clientes.
Além de possibilitar mais uma opção de pagamento ao consumidor, o Pix parcelado sem juros têm sido também uma solução para diminuir os custos operacionais para os varejistas. Segundo a fintech, as taxas cobradas pela operadora são menores do que as cobradas pelas empresas administradoras dos cartões de crédito ou boleto.
Já para o consumidor, é uma experiência do cliente inovadora, acessível, rápida e segura de parcelamento sem juros, com aprovação em segundos e sem burocracia.
De acordo com Henrique Weaver, CEO da Pagaleve, “existe uma grande parcela da população brasileira que não utiliza os bancos, mas tem acesso ao Pix, através das carteiras digitais. Mas também existem os jovens millennials e da Geração Z, que possuem aversão aos cartões de crédito. Esses dois grupos em especial se beneficiam muito do serviço da Pagaleve, pois não cobramos juros quando compram através do nosso meio de pagamento”, explica.
Soluções financeiras calcadas no digital
Já para o executivo da CloudWalk, quando se pensa em tendência para o futuro, há uma grande movimentação de moedas digitais, protocolos financeiros e pagamentos peer-to-peer (onde o computador de cada usuário conectado acaba por realizar funções de servidor e de cliente ao mesmo tempo), e esse universo pode ser o responsável pela disrupção dos serviços financeiros nos próximos anos.
“Com a InfinitePay, por exemplo, queremos oferecer uma rede de pagamentos global, descentralizada, independente, menos burocrática e mais acessível para todos os nossos clientes e usuários”, enfatiza Pablo de Mello.
O executivo explica que os clientes InfinitePay têm acesso a uma maquininha moderna ou um plugin e-commerce com um investimento baixo e as menores taxas do mercado. Além disso, eles recebem os valores de suas vendas em 1 dia útil, tem acesso a Pix com taxa zero e link de pagamento sem custo adicional.
“Tudo acontece na nossa própria blockchain, que é responsável por toda a infraestrutura de transações e empréstimo inteligente oferecida aos nossos clientes. Ela também concentra informações sobre saldo, vendas aprovadas e liquidação das transações de pagamento. Por fim, toda a movimentação financeira acontece na nossa própria stablecoin BRLC (Brazilian Digital Real, moeda digital equivalente ao real: 1 BRLC = R$ 1), que permite aos clientes InfinitePay transacionar de forma mais transparente, com alta velocidade e segurança”, explica.
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Tecnologia x inclusão
De acordo com Pablo de Mello, para conquistar cada vez mais a inclusão no setor de pagamentos, é preciso identificar as necessidades de cada mercado e desenvolver soluções acessíveis a todos.
Para ele, o metaverso, por exemplo, é uma revolução digital ainda muito nova, que vem para replicar a realidade do mundo físico no mundo online, podendo ou não influenciar esse movimento financeiro que estamos enfrentando.
“Acreditamos que além do metaverso, outras revoluções podem surgir no caminho para agregar positivamente no desenvolvimento natural do ecossistema de serviços financeiros. Porém, é preciso ficar atento aos desafios que esse tipo de movimento pode trazer e entender as adaptações necessárias a cada mercado”, alerta o executivo.
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