Uma startup da Bahia, a Safe Drinking Water For All (SDW), trabalha no desenvolvimento de um sistema residencial de desinfecção solar da água. O processo é de baixo custo e alta eficiência.
Ao oferecer uma alternativa sustentável aos métodos tradicionais de desinfecção da água, como fervê-la ou usar pastilhas de cloro, a startup tem como missão levar a melhor solução em tratamento do recurso para pessoas sem acesso a água potável.
Segundo o estudante de engenharia da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Bonifácio Neves, a biotecnologista Anna Beserra e a assistente social Izabela Freitas, o equipamento não apenas usa a energia solar, mas também os raios UV e infravermelhos para a desinfecção de água. Além disso, dispõe de um ciclo de vida de dez anos e é feito de plástico verde.
O SDW, segundo dados do site da iniciativa, é um sistema residencial manual de baixo custo, construído para cisternas, que utiliza uma base de 40cm² e 5 cm de altura de polipropileno e uma tampa de vidro, encanamento para conectar com a cisterna e com o tanque de saída, bomba manual conectada a um filtro de lã acrílica, um sensor UV, uma placa solar que alimenta o sensor UV, uma bateria e uma torneira por gravidade que fará com que a água caia no reservatório de saída.
Confira no vídeo abaixo como o sistema funciona.
Os responsáveis pela startup, que fazem pré-incubação na UFBA, citam dados da Organização Mundial de Saúde, segundo os quais uma abordagem integrada de fornecimento de água, saneamento e higiene reduz em 65% o número de mortes causadas por doenças de veiculação hídrica.
O objetivo agora é firmar parceria com os governos, a fim de que o produto seja repassado por um valor acessível a pessoas sem acesso à água potável.
“Pensamos também em custear parte do produto por meio de doações e crowdfunding, mas temos esperança de que, depois de receber um resultado positivo dos nossos beta customers e da nossa entrada no mercado, o governo tenha interesse em uma parceria e criar ou adaptar para alguma política pública como a água para todos”, projeta Anna Beserra.
*Via Ecodesenvolvimento.