Do telefone ao WhatsApp, o desafio é chegar até o cliente para, então, encantá-lo
- Por Melissa Lulio
- 3 min leitura
Há quem diga que a música sertaneja funciona muito bem para términos de relacionamento. Em 1995, cantava-se que “seu nome vai ficar na minha agenda na página de amigos”. Hoje, a letra já mudou para “não receber mensagem também é mensagem”. E o que isso tem a ver com a Consumidor Moderno? Os canais utilizados nos relacionamentos pessoais mudaram e, é claro, na experiência do cliente também – ainda que a estratégia de muitas organizações siga o modelo Chitãozinho & Xororó de 1999: “Alô, estou ligando para saber como você está”.
Referências à parte, o fato é que o telefone caiu em desuso. Segundo dados do IBGE, a proporção de domicílios com telefone fixo no País, em 2021, foi de 15,6%. Ao mesmo tempo, 99,5% dos cidadãos com acesso à internet estão conectados pelo celular. Isso acontece ao mesmo tempo em que as regras e leis brasileiras restringem cada vez mais o uso do telefone pelas empresas – especialmente quando o objetivo é oferecer produtos e serviços. Com isso, é natural que elas apostem, cada vez mais, no digital – em toda a jornada do cliente.
Entretanto, é fundamental ter consciência do abismo digital no qual estão inseridos os grupos de subconectados e desconectados. Revelados pela PwC em parceria com o Instituto Locomotiva, esses dois grupos totalizam mais de 75 milhões de cidadãos com pouco ou nenhum acesso à internet. Entre eles, 33,9 milhões relataram que, no mês anterior à pesquisa, não tiveram acesso ao digital em nenhum dia.
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Além de trazer à luz a realidade brasileira, os dados provocam a seguinte reflexão: Como acessar clientes que não estão nem nas redes sociais nem dispostos a atender ao telefone? A resposta a esta pergunta é mais urgente do que pode parecer, pois não solucionará apenas as dores das áreas de vendas e marketing, mas também garantirá a democratização do consumo. Afinal, diferentes produtos e serviços, sejam eles essenciais, sejam supérfluos, facilitam a vida do consumidor que busca conveniência – ainda que, em muitos casos, atrelada a preço.
Por enquanto, não existe uma única resposta. Existem respostas. As mudanças de comportamento do consumidor e as alterações nas regras, nas determinações e na própria lei obrigam as empresas a se adaptar, seguindo as próprias diretrizes, os valores, o modelo de negócio e o perfil de cliente. No fim do dia, essa é também uma questão de autoconhecimento.
A matéria sobre Atendimento Digital, da edição de Outubro|Novembro da Consumidor Moderno, traz uma reflexão sobre esse cenário. Além disso, na cobertura do CONAREC 2022 também ficará mais fácil ter insights e, quem sabe, algumas respostas.
Boa leitura!
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