E se o ovo não for o mesmo? Conheça alternativa plant-based
- Por Natália Oliveira
- 3 min leitura
O que faz de uma grande ideia uma inovação disruptiva? Para Amanda Pinto, de 32 anos, fundadora da N.OVO Plant Based, foodtech pioneira no Brasil a produzir um substituto para o ovo 100% à base de vegetais, o segredo está em “ajudar a solucionar grandes problemas ou atender a grandes necessidades”. A N.OVO nasceu dentro do Grupo Mantiqueira, em 2019, quando Amanda teve o insight de que ingredientes plant-based eram a solução para questões globais relacionadas à forma com que os alimentos são produzidos. Mas, depois, tornou-se uma startup independente.
Amanda era head de Marketing e Inovação do Grupo. Ela sempre se interessou por tendências globais e vinha procurando uma forma de inovar dentro do mercado alimentício. “Sempre me perguntava qual era a melhor forma de produzir comida, considerando, além de nutrição e sabor, o uso de terras e o bem-estar animal. Viajei por mais de três anos, frequentando os principais núcleos e simpósios de referência em inovação no Vale do Silício, além de visitar diversas startups, para entender como trazer essa ideia para o Brasil”, conta Amanda.
Diminuir o consumo de produtos de origem animal reduz a emissão de CO², gera uma economia de água e traz benefícios para a saúde com a prevenção de doenças crônicas e degenerativas. A N.OVO, hoje, é uma empresa com seis anos de história e já possui alternativas para ovos, maioneses, carnes de frango e porco e irá lançar outras novidades em 2023.
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A foodtech vem crescendo rapidamente. Em 2021, dobrou o número de colaboradores. “A decisão de nos tornarmos uma startup independente faz parte da estratégia de crescimento. Com autonomia em nossa operação, temos mais abertura para focar a criação de mais produtos e estimular a mudança de hábitos alimentares”, explica a empreendedora.
Todos os produtos da N.OVO são criados a partir de tecnologia própria e com ingredientes criteriosamente selecionados. “Acredito que a inovação no setor de alimentos está só no início. Existem mais de 400 mil espécies de plantas no mundo, sendo cerca de 300 mil comestíveis”, destaca Amanda. A startup tem um laboratório a céu aberto onde a performance dessas plantas é estudada.
Para Amanda, os principais desafios dessa jornada foram: replicar o produto de origem animal em textura, cor e sabor; e dar sentido a isso. “Trazer à tona causas relacionadas à sustentabilidade, ao meio ambiente e à inovação foi uma construção de tijolinho por tijolinho”, avalia, mas valeu a pena: Amanda Pinto foi citada na Forbes Under 30 e no MIT Technology Review como uma “Innovator Under 35” e “A Inventora do Ano”.
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