INSIGHTS Tendências
- Por Carol Rodrigues
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YOY: SHOPEE CRESCE 1.464% E SHEIN 522%
Entre as categorias que mais contribuíram para o aumento do e‑commerce na pandemia, estão os produtos importados YoY (Year over Year – ano após ano), que obtiveram um crescimento de 51,43%. Esse aumento pode ser encarado como um reflexo do crescimento das plataformas asiáticas no Brasil. Em fevereiro, a Shopee (Singapura) e a Shein (China), por exemplo, compreenderam um total de 33% do setor de importados no e‑commerce brasileiro.
Em janeiro de 2021, ambas as plataformas tiveram os maiores crescimentos no YoY, de 1.464% para a Shopee e 522% para a Shein – Relatório de E‑commerce no Brasil, agência de SEO Conversion.
QUATRO TENDÊNCIAS PARA 2021
Revisão das parceiras e dos modelos de negócios: as plataformas digitais vieram para ficar, mas o varejo tradicional ainda terá espaço.
Reconsideração do custo de fazer negócios: as empresas terão que reconsiderar os valores e desvincular receitas dos determinantes tradicionais.
O propósito como estratégia do varejo: executar iniciativas que aprimorem os níveis de reputação percebidos pelos consumidores.
O poder do consumidor: o comércio varejista também está migrando de um modelo push (B2C) para um modelo pull (C2B). As estratégias precisam ser pautadas a partir da análise de dados; um modelo de venda que seja omnichannel e, por fim, uma experiência de compra mais ágil em termos de pagamento, entrega, devolução, troca e resolução de problemas.
Fonte: KPMG: Consumo e Varejo na América do Sul: principais tendências para 2021
RETAILTECHS: MAIS DE US$ 650 MILHÕES EM 2021
As startups dedicadas a encontrar soluções inovadoras para o varejo já receberam mais de US$ 650 milhões em 18 aportes nos três primeiros meses de 2021. O valor equivale ao total de investimentos no setor em 2018 (US$ 675,4 mi) e a 92% do total investido em 2020 (US$ 712,3 mi), o melhor ano até então.
Segundo dados do Inside Retailtech Report, estudo mensal publicado pelo Distrito Dataminer, ao qual a Consumidor Moderno teve acesso com exclusividade, as fusões e aquisições também começaram aquecidas em 2021: foram 12 até agora, sendo as mais recentes da Smartek, adquirida pela Neogrid; a Frenet, pela Sequoia; e a Checklist Fácil, pela Softplan.
GOVERNO APROVA A PRIMEIRA POLÍTICA PÚBLICA OBRE IA
No início de abril, o governo federal lançou a primeira política pública orientada ao uso da inteligência artificial no Brasil. Trata-se da Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial (EBIA), instituída pela Portaria nº 4.617, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.
A EBIA pode ser o ponto de partida para a regulação de algoritmos no País e possui seis objetivos estratégicos: contribuir para a elaboração de princípios éticos ao desenvolvimento e uso de IA responsáveis; promover investimentos sustentados em pesquisa e desenvolvimento em IA; remover barreiras à inovação em IA; capacitar e formar profissionais para o ecossistema da IA; estimular a inovação e o desenvolvimento da IA brasileira em ambiente internacional; e promover ambiente de cooperação entre os entes públicos e privados, a indústria e os centros de pesquisas para o desenvolvimento da inteligência artificial.
“A ideia visa não só à manipulação de dados em massa, mas à limitação de quem exerce a influência dessa manipulação. Um maior controle de como essa utilização é feita pode nos ajudar no desenvolvimento de negócios”
Aline Trivino: professora e advogada especialista em Direito Penal, Processo Penal e Direito Digital
DE QUEM É A RESPONSABILIDADE?
Questões relacionadas à sustentabilidade e à recuperação do meio ambiente ganharam força após o início da pandemia. A situação serviu como um alerta de que ou se toma uma atitude agora, ou realmente será tarde demais. Mas, quem de fato tem o poder de fazer a diferença para controlar os impactos causados no meio ambiente? A pesquisa Sustainability Concern and Action, realizada pela GfK, mostra que a responsabilidade está bem dividida: 40% do peso está para a indústria, 35% para os governos, 20% para os consumidores e 5% para os varejistas. De regulações sobre emissões de CO2, escolha do que será consumido, desenvolvimento de embalagens sustentáveis até transportes ecológicos, todos os setores precisam andar lado a lado nessa luta.
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