Geração Z: o desafio de ser nativo digital
- Por Melissa Lulio
- 3 min leitura
Dizem que o jardim do vizinho sempre parece mais verde. O mesmo vale sobre o olhar entre as gerações: quem nasceu primeiro tende a acreditar que, para os mais jovens, a vida está mais fácil. Mas será que, por ser nativa digital, a Geração Z tem mesmo mais facilidade em relação a praticamente tudo?
A Geração X (nascidos entre 1964 e 1985) teve que utilizar livros imensos para responder a perguntas que, hoje, estão no Google ou, mais recentemente, no ChatGPT – e adora dizer que “na minha época usava-se a Barsa”, referindo-se à famosa enciclopédia brasileira. Os Millennials (nascidos entre 1985 e 1998), por sua vez, lembram muito bem como era difícil usar a internet logo que ela chegou no Brasil e têm orgulho de ter experimentado de tudo – desde o ICQ até o WhatsApp.
Quando a Geração Z veio ao mundo, o Google também veio. Quando os Zs começaram a usar computadores, já era possível acessar a internet para fazer a “lição de casa”. Anos depois, em 2007, o 3G “deu as caras” e, com os smartphones, inaugurou a sensação de conectividade constante.
Para quem, nesse período, já era adulto (ou quase), esse momento está claro na memória e trouxe ganhos significativos de produtividade, comunicação e até mesmo conhecimento: muitas respostas estavam, enfim, na palma da mão. Com as redes sociais, então, todas as gerações passaram a ser influenciadas pelo que é publicado na internet (basta verificar a adesão às fake news).
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A diferença é que, para quem nasceu antes dos Zs, havia referências anteriores e modelos de comparação: se alguém dissesse que o Kaká é o maior jogador de todos os tempos, automaticamente as pessoas pensariam que não, afinal, sabiam que era o Pelé – e esse é apenas um exemplo. Para a Geração Z, entretanto, a linha que separa a realidade da vida e o que está na internet é muito mais tênue.
As redes sociais inundam o cérebro com supostas referências e padrões (de beleza e de comportamento) que parecem ideais mas, na verdade, são publicados por meio de filtros. Fingir ser quem não é nunca foi tão fácil: basta dar um toque na tela para afinar o nariz, colocar maquiagem, mudar a cor dos olhos e do cabelo.
As consequências para isso são inúmeras – e talvez nem todas tenham sido percebidas ainda. É sempre fundamental estudar, ler, conferir e atualizar o conhecimento a respeito dessa geração que parece ter tudo mas, no fundo, ainda está descobrindo quem de fato é – em meio a sentimentos de ansiedade, medo do futuro e inúmeras críticas. Por isso, a Consumidor Moderno traz um dossiê sobre a Geração Z, que envolve variados aspectos desse público, mas que não termina aqui – afinal, nunca termina.
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