Em tempos de ESG, Human Centric Design já não é suficiente

Em tempos de ESG, Human Centric Design já não é suficiente

Behavioural Designer na Hyper Island

   Por que insistimos na ideia narcisista de que a raça humana é o centro do universo? Fazemos do planeta um laboratório para nossas ideias; testamos novos produtos em animais, modificamos ecossistemas para implementar indústrias, tentamos controlar a terra, o fogo, a água e o ar. Há muito tempo, a humanidade vem tratando tudo na Terra como obstáculos, que podemos encontrar maneiras de superar. E designers têm desempenhado um papel nisso. Como escreveu Victor Papanek, no seu clássico livro Design Para o Mundo Real: “Existem profissões mais nocivas do que desenho industrial, mas são poucas.” 

   De acordo com Papanek, designers são perigosos ao projetar produtos que podem convencer as pessoas a comprar o que não precisam. Ou, para Baudrillard, usar conceitos semióticos para agregar valores simbólicos aos valores funcionais dos objetos de consumo, que são um reflexo da identidade do indivíduo na sociedade. Esse comportamento leva a um enorme impacto ambiental e a uma ocupação indiscriminada na terra de objetos obsoletos. Os atos de consumir e descartar ocorrem de forma rápida e sucessiva, porque sempre há algo novo, cuja posse, espera-se, finalmente trará a felicidade e o bem-estar finais prometidos.

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   Além disso, mesmo para produtos considerados “verdes”, o mau uso destes pode acarretar sérios prejuízos ambientais. Assim, a maneira como os consumidores interagem com produtos pode produzir impactos. É disso que se trata o Design for Sustainable Behaviour. Entender que a solução pode estar no comportamento de uso, não na manufatura. Mas ter esse olhar requer uma redefinição do papel do designer. Podemos projetar para influenciar os usuários a agir de forma positiva. Usar metodologias conhecidas do HCD para expandir a noção de empatia para outros seres vivos. O conceito de Life Centered Design, criado por Bruce Mau, defende que nossa responsabilidade como designers não é sustentar apenas a vida humana e torná-la melhor. Em vez disso, devemos nos concentrar em projetar para o bem-estar de qualquer vida, a fim, inclusive, de proteger a vida humana.

   Nesta era de produção em massa, quando tudo deve ser planejado e projetado, o design tornou-se um dos métodos mais poderosos com o qual o homem molda suas ferramentas e ambientes (e, por extensão, a sociedade e a si mesmo). Isso exige alta responsabilidade social e moral de nós, designers. Talvez não tenhamos a autoridade para forçar mudanças.
No entanto, temos o poder de inspirá-las.

SUMÁRIO – Edição 291

A evolução do consumidor traz uma série de desafios inéditos, inclusive para os modelos de gestão corporativa. A Consumidor Moderno tornou-se especialista em entender essas mutações e identificar tendências. Como um ecossistema de conteúdo multiplataforma, temos o inabalável compromisso de traduzir essa expertise para o mundo empresarial assimilar a importância da inserção do consumidor no centro de suas decisões e estratégias.

A busca incansável da excelência e a inovação como essência fomentam nosso espírito questionador, movido pela adrenalina de desafiar e superar limites – sempre com integridade.

Esses são os valores que nos impulsionam a explorar continuamente as melhores práticas para o desenho de uma experiência do cliente fluida e memorável, no Brasil e no mundo.

A IA chega para acelerar e exponencializar os negócios e seus processos. Mas o CX é para sempre, e fará a diferença nas relações com os clientes.

CAPA: Camila Nascimento
IMAGEM: IA Generativa / Adobe Firefly


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