COMO O PASSADO SE TORNOU O NOSSO FUTURO: 25 ANOS DE INOVAÇÃO
- Por Consumidor Moderno
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Há muitas maneiras de se pensar em 25 anos: é um quarto de século, um terço da expectativa de vida no século 21 e também é o tempo que uma geração leva para atingir a maioridade. De uma perspectiva de inovação, no entanto, os últimos 25 anos foram sobre o começo de nosso futuro: a fundação de uma época de hiperconectividade.
Em 1995, a experiência do cliente com a internet foi lançada com o acesso à rede mundial de computadores, oferecida de maneira amigável ao usuário por CompuServe e AOL. No mesmo ano, também foram lançados fornecedores de varejo, como Amazon.com, eBay e Craigslist. A conectividade não era mais abstrata nem exclusiva, mas aberta a todos, para o começo da democratização eletrônica e um novo modo de vida. O computador pessoal, que já tinha quase 15 anos de idade, se tornou menos pessoal e mais útil.
Embora os primeiros tenham sido limitados a desktops e alguns notebooks, em meados da década de 90 também houve o surgimento de assistentes digitais pessoais (PDAs, na sigla em inglês), que culminaram em 1996 no Nokia 9000 Communicator, que tinha tanto a funcionalidade do telefone quanto de um teclado. A mobilidade havia nascido!
Nos anos seguintes, houve uma evolução dos dispositivos, que tornaram o acesso à internet possível e fácil durante um deslocamento. Em 2007, a aparência do iPhone e, posteriormente, sua App Store mudaram completamente as percepções do “estar on-line”. E, a meu ver, a mobilidade começou a se transformar em conectividade. De repente, a informação era onipresente e o conteúdo começou a rivalizar, se não dominar, o hardware.
“ESTAMOS APENAS NO INÍCIO DE UMA ERA DOURADA DA INOVAÇÃO, QUE MUDARÁ TUDO AO NOSSO REDOR.
A explosão da conectividade dominou tanto as duas primeiras décadas deste século que Farhad Manjoo, colunista do New York Times, observou: “Houve apenas uma tendência tecnológica digna de atenção nos anos 2010: o domínio do smartphone.” Também mudou a maneira como pensamos e empregamos a tecnologia, que está nos levando a um futuro marcado pela hiperconectividade ininterrupta.
Esses mesmos 25 anos viram o salto da atenção às novas ideias sobre inovação. O design thinking se tornou o processo de lançamento da inovação e a Experiência do Cliente foi o alvo de tudo isso. Ainda mais libertador foi o surgimento do Modelo de Negócios para Inovação e o reconhecimento de que você nem sempre precisa da tecnologia para ter sucesso nas indústrias técnicas, como o sucesso da Ikea, da Uber, do Airbnb, da Nespresso, da Amazon, do Alibaba, da Xiaomi e do WeChat. Todas possuem o modelo de negócio para inovação nos seus núcleos.
Inevitavelmente, à medida que a Internet das Coisas hiperconectada invade nossas vidas, veremos surgir novas formas de organizações, à medida que elas inovam em torno de sua própria forma e procuram se libertar da metáfora milenar de pirâmides e burocracias, transformando-se em ecossistemas vibrantes.
Longe das inadequações transformacionais do futuro da inovação, que o economista Robert J. Gordon previu no livro The Rise and Fall of American Growth (2016), ou o que o escritor de ficção científica Neal Stephenson chamou de “Fome de Inovação” (2011), meu sentimento é que estamos apenas no início de uma Era Dourada da Inovação, que mudará tudo ao nosso redor, com o potencial de liberar o talento humano para uma extensão sem precedentes.
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