Cada cliente percebe aquilo que bem entende
- Por Marina Pechlivanis
- 3 min leitura
Muitas marcas investem mundos e fundos formulando as desejadas experiências inesquecíveis para seus clientes. Acreditam que as pessoas compreenderão cada detalhe daquilo que foi planejado e esperam encantar, surpreender, fidelizar e vender, preferencialmente em larga escala ou em alta potência, mas se esquecem de um pequeno e derradeiro detalhe na hora de colocar tudo em prática: inesquecível é uma coisa diferente para cada pessoa e, quanto a isso, não há muito o que fazer.
Mais que compreender e mapear a diversidade regional, cultural, socioeconômica, etária, entre outras tantas formas de agrupar mercadologicamente as pessoas, é fundamental saber que cada um de nós percebe as coisas de acordo com repertórios, vivências, crenças, gostos e sonhos que não são nossos e não são das marcas. Nossas memórias perceptivas imediatas são específicas e individualizadas, e nossas memórias evocativas posteriores, imprevisíveis.
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Por isso é importante usar todas as inteligências que você tiver à disposição: emocional, social, coletiva, artificial… para trabalhar de forma preditiva e estratégica, evitando distorções perceptivas que podem colocar em risco tempo, dinheiro e imagem da marca. A saber: uma coisa é planejar, criar, produzir, lançar e entregar processos mais fáceis de controlar; outra coisa é entender o complexo sistema das relações de troca que daí deriva, o que pode tornar as coisas bem descontroladas:
1. Para começo de conversa, as pessoas podem receber toda a informação ou experiência que a marca preparou. Ou não.
2. Se receberam, podem compreender o que era para ser compreendido. Ou não.
3. Se compreenderam, podem dar valor a isso tudo. Ou não.
4. Se deram valor, podem compartilhar a informação, efetivar uma compra, criar uma imagem positiva. Ou não.
5. E tudo se repete, mudando de acordo com públicos e contextos.
As fórmulas lineares e certeiras ficaram ultrapassadas em um universo de incertezas. Por isso, fique atento: O que você gostaria que seu cliente compartilhasse da experiência vivenciada? Para isso, o que precisaria ser valorizado, compreendido, recebido? E qual é a forma mais sistêmica e integrativa de comunicação para que esse circuito seja consistente, minimizando dispersões, dissonâncias e interferências?
Cada um percebe aquilo que bem entende, mas você pode facilitar esse entendimento.
Votos sinceros, para a sustentabilidade de seus negócios, de que você tenha percebido isso.
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