Quem nunca morreu de raiva quando aquele último pedaço do chocolate preferido foi ao chão? Ou a última bolacha do pacote? Mais ainda: quem nunca recolheu o alimento de volta, pensou (ou falou, em voz alta, mesmo) “o que não mata, engorda” e comeu sem nenhum remorso? Alguns, inclusive, embasados na tal regra dos 3 ou 5 segundos: se recolhida do chão rapidamente, a comida continua segura.
O professor de Microbiologia, Anthony Hilton, da Universidade de Aston, em Birmingham (Reino Unido), diz que a tal regra que mais parece crença popular tem um fundo de verdade. Segundo matéria da BBC, o professor afirma que “se a comida não tiver ficado no chão por muito tempo, ela não terá pego tantas bactérias. Claro, se o alimento estiver coberto de sujidade visível, não deve ser comido”.
A regra também depende do tipo de alimento que cai no chão e o tipo de superfície. Em um estudo realizado em 2014, o professor provou suas teorias ao monitorar a transferência de bactéria E.coli para diferentes tipos de alimentos (massa, bolachas e balas de gomas) “jogados” em uma variedade de tipos de piso durante 3 a 30 segundos.
Por mais estranho que pareça, comidas que caem em carpetes são menos contaminadas do que as que caem em superfícies lisas, como pisos laminados ou cerâmicos. Também comidas que sejam “pegajosas” – geleias, gomas, molhos – pegarão mais bactérias.
Em entrevista (ACESSE AQUI) à rádio BBC, o professor explica como eles realizaram o experimento e como alguns alimentos “grudam” a bactéria já no momento do impacto, enquanto outros precisam de “tempo” para que as bactérias se alojem neles.
De qualquer forma, a melhor maneira de evitar problemas é tentar não derrubar a comida. Mas, em caso de acidente, vale, então, prestar atenção ao tipo de alimento e ao piso onde caiu. E você? Comeria um alimento que caiu no chão?