Por mais que tenha havido uma melhora na última década, os dados de analfabetismo no Brasil são preocupantes. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há 12,9 bilhões de pessoas nessas condições. Além disso, há a triste informação de que a maioria dos países que haviam se comprometido com a Unesco a reduzir o analfabetismo não cumpriram as metas acordadas – e o Brasil está entre eles.
Contudo, a boa notícia é que existem alguns modelos de negócios focados em resolver problemas educacionais. Um exemplo disso é a Evoluir, empresa especializada em desenvolver conteúdos e metodologias educacionais. Um das principais propostas desenvolvidas pela companhia é o “Baú das Artes”, que se destaca pela abordagem de temas que vão além do convencional da grade curricular – ou seja, aborda temas como meio ambiente, ética, cidadania, saúde, alimentação, educação para o consumo e diversidade cultural.
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Focado em crianças de 5 a 12 anos, o recurso pedagógico está alinhado a uma das metas que deveriam ser cumpridas pelos países-membros da Unesco: “expandir a educação e os cuidados na primeira infância, especialmente para as crianças mais vulneráveis”. O Baú vem equipado com instrumentos musicais, materiais de artes plásticas, trajes, acessórios para figurino, jogos, além de diversos itens que se prestam a construções lúdicas e simbólicas com a natureza. Além disso, leva dezenas de livros aos alunos.
Organização
O projeto pedagógico está organizado a partir dos 6 temas transversais: Meio Ambiente, Saúde, Trabalho e Consumo, Pluralidade Cultural, Sexualidade e Ética. “O Baú das Artes é um recurso pedagógico destinado ao desenvolvimento de formas de expressão, socialização, criatividade, leitura e habilidades manuais da criança”, comenta Fernando Monteiro, diretor da Evoluir.
Cada tema é composto por 8 atividades, sendo quatro para crianças de 5 a 7 anos e outras quatro para 8 a 12 anos, compondo um total de 48 atividades. Um caderno de orientação do professor descreve detalhadamente como conduzir cada uma das atividades, com tempo de duração estimado, didática, sugestão de práticas e exercícios e formas de avaliação.
Realização
Apesar do cuidadoso desenvolvimento da iniciativa, tanto na distribuição dos temas quanto nos itens inseridos no Baú, existem alguns obstáculos que não poderiam ser deixados de lado. Sem a capacitação dos professores, por exemplo, nenhuma iniciativa pode ser colocada em prática – afinal, seria muita inocência imaginar que o interesse dos alunos surgiria de forma espontânea, sem requerer esforços do educador.
Sobre essa delicada questão, Junior Ribeiro, coordenador de Programas Educacionais da Evoluir, comenta que, no momento em que o recurso é implantado na instituição de ensino, todos os educadores envolvidos são capacitados para desenvolver o trabalho junto às crianças. “O mais interessante é que, quando as atividades usando a ferramenta são finalizadas, não é só o aluno que é impactado. Professores, crianças, familiares, ou seja, toda a comunidade envolvida no contexto acaba se transformando”, comenta.