O espinhoso momento da demissão pode ficar menos constrangedor com empregadores treinando suas soft skills para tal circunstância. Na plataforma de Realidade Virtual (RV) Talespin, chefes, gerentes e diretores podem aprimorar suas soft skills relacionadas a conversas delicadas de desligamento. Nela, o pacato Barry e outros personagens são os encarregados de sempre serem demitidos – ouvindo a notícia pacientemente e protestando ou soluçando a depender da habilidade da pessoa em treinamento.
Se a pessoa que simula a demissão for muito direta, Barry leva as mãos à cabeça, podendo até gritar e berrar.
Segundo a empresa, a tecnologia é uma ferramenta para pessoas praticarem habilidades interpessoais diferenciadas que são cada vez mais reconhecidas como essenciais ao sucesso profissional. “Ganhar exposição diante de situações desafiadoras e estar preparado para enfrentá-las pode significar a diferença entre empoderamento e cometer erros caros no trabalho”, lembra a empresa em seu site.
Além das demissões, os usuários do software podem praticar habilidades relacionadas a negociação e vendas, conversas com clientes difíceis e feedbacks críticos.
Se trata de uma tendência?
A tecnologia é bem avaliada por consultorias como PwC e se mostra vantajoso em comparações com cursos online e em classe quanto à confiança e tempo que o usuário leva para aprender. Porém, vale lembrar que IAs de machine learning são de sociabilidade limitadas. Ainda está longe de tecnologias do tipo interagirem com alto grau de naturalidade – conforme se espera para praticar habilidades subjetivas do relacionamento humano.
Ainda assim, a Talespin acredita que a realidade virtual deve ganhar força como ferramenta de treinamento pelos próximos anos. A tecnologia RV que já tem realismo elevado o suficiente para situações delicadas que antes só poderiam ser feitas na realidade, vem sendo cada vez mais usada para treinar novos funcionários em outros cenários.
Em 2019, por exemplo, a rede Walmart já investia em RV para recrutamento com testes em que candidatos e colaboradores precisam priorizar tarefas importantes – o que é difícil de identificar durante uma entrevista simples. A ideia testada antes da pandemia era baseada na pretensão de se reduzir o número de gerentes em suas lojas e dar aos funcionários mais autonomia no desempenho de suas funções.
+ Notícias
A alternativa para quando metodologias ágeis pifam
A realidade virtual vai mudar o mercado; entenda por que
Seis estratégias para, em 2021, ouvir o que o cliente brasileiro diz (e não diz)