O varejo está em busca de resultados positivos para 2015. E, por isso, reduziu os preços de 41,6% dos itens que vende em agosto, segundo estudo divulgado hoje (8) pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). Este é o maior percentual dos últimos seis meses.
?Passando pelo seu pior momento em mais de uma década, o comércio varejista vem buscando alternativas para amortecer os impactos negativos da atual recessão econômica no nível de consumo?, disse, em nota, Fabio Bentes, economista da Confederação.
Segundo ele, aém da maior pressão sobre os custos por conta do reajuste de preços administrados, o encarecimento do crédito e a desvalorização cambial, o resultado das receitas do setor tem registrado, ao longo do ano, seu pior desempenho desde 2004.
O volume de vendas do varejo caiu 6,4% no primeiro semestre deste ano na comparação com os primeiros meses de 2014. E as receitas foram 7,4% menores no segundo trimestre.
O cenário tem sido pior para os segmentos dependentes de crédito, como o automotivo e o de móveis e eletrodomésticos, que registraram, respectivamente, 15,6% e 11,3%.
?A inflação mais baixa registrada no agrupamento de bens de consumo duráveis e semiduráveis no IPCA-15 é um indício de que, a despeito das pressões de custos, os varejistas responsáveis pela comercialização desses produtos não encontram mais espaço para repasses de preços, sob pena do agravamento do quadro atualmente delicado das vendas?, disse, em nota, Fabio Bentes, economista da Confederação.
Leia mais
Inadimplência sobe 3% em agosto