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Qualificação triple A e a influência da experiência do cliente

Qualificação triple A e a influência da experiência do cliente

Análise de risco é base para o mercado de investimentos e leva em consideração diversos pontos econômicos, além da experiência do cliente

Como saber se uma empresa é confiável? No mercado financeiro, é preciso analisar seu rating, em outras palavras, sua “nota” de pagamento. Essa qualificação mostra a capacidade da companhia de honrar com os compromissos financeiros feitos com seus investidores, atestando sua credibilidade.

Esse é um dos fatores que norteiam o mercado de investimentos, pois se uma companhia tem uma classificação ruim, há uma chance de o retorno não ser tão positivo. Por isso, ter a maior nota possível é um dos grandes focos de empresas com capital aberto no mercado financeiro.

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Para isso, são vários os pontos analisados, principalmente documentos financeiros e administrativos. Mas, muitas vezes, a análise de risco também visa entender qual será o futuro financeiro daquela empresa baseada em sua percepção pelo público. Portanto, o rating é uma pontuação que leva em consideração diferentes características.

O que é a qualificação AAA

A qualificação AAA, ou o chamado triple A, é a maior nota de rating que uma empresa pode ter quando o assunto é mercado. Se classificada nesse patamar, a empresa é vista como uma companhia confiável para que investidores apliquem seu dinheiro.

Esse tipo de rating é o utilizado pela Standard & Poor’s, ou S&P Global, uma das maiores agências de classificação de risco do mundo, e pela Fitch Ratings, outra empresa importante do setor. A Morningstar, também referência na análise de risco, atribui notas de zero a cinco estrelas, que, apesar de diferentes, têm o mesmo objetivo.

Ser uma empresa triple A também contribui com outros pontos da gestão, não apenas o mercado de investimentos. De acordo com informações da S&P, “os ratings de crédito possibilitam que as pessoas iniciem e façam crescer seus negócios, que os governos melhorem sua infraestrutura e que os empresários construam suas fábricas e gerem trabalho”.

A qualificação AAA é a maior das notas, mas no total, existem dez possíveis classificações, considerando a análise da S&P:

● AAA: capacidade extremamente forte de honrar compromissos financeiros;
● AA: capacidade muito forte de honrar compromissos financeiros;
● A: forte capacidade de honrar compromissos financeiros, mas ligeiramente suscetível às condições econômicas e às mudanças nas circunstâncias;

● BBB: capacidade adequada de honrar compromissos financeiros, porém, mais suscetível a condições econômicas adversas;
● BB: menos vulnerável no curto prazo, porém, enfrenta incertezas contínuas relativas às condições de negócio, financeiras e econômicas adversas;
● B: mais vulnerável a condições adversas de negócio, financeiras e econômicas, porém, atualmente apresenta capacidade de honrar compromissos financeiros;

● CCC: atualmente vulnerável e dependente de condições de negócio, financeiras e econômicas favoráveis para honrar compromissos financeiros;
● CC: altamente vulnerável; o default ainda não ocorreu, mas espera-se que sua ocorrência seja certa;
● C: altamente vulnerável à inadimplência, espera-se que uma recuperação final seja menor do que aquela prevista no caso de obrigações com ratings mais elevados;

● D: desfalque no pagamento de um compromisso financeiro ou quebra de uma promessa imputada; também utilizado quando um pedido de falência foi registrado.

Essa avaliação não é feita apenas em empresas. Governos também podem ser avaliados, mostrando a força econômica e estabilidade que apresentam. O Brasil, em 2021, é qualificado com a nota BB-.

Como é feita a avaliação de risco

O modelo de avaliação varia de acordo com a agência de rating, principalmente na sequência dos processos e das análises. Mas de acordo com os sites da S&P, Fitch e Morningstar, são avaliados documentos financeiros, fiscais, contratos, nível de transparência, processos e outros tópicos que demonstram tanto a segurança financeira da empresa quanto sua organização e resiliência dentro do mercado.

Para isso, é feita análise documental, entrevistas, acompanhamento de gestão entre outros pontos. No caso da S&P, por exemplo, o processo conta com oito etapas, começando com a solicitação de avaliação feita pelo emissor (empresa, instituição, governo, etc.). Depois, é feita uma pré-avaliação com analistas, uma reunião com administração e a análise documental.

Os próximos passos referem-se à atribuição da nota, que passa por diversos tipos de analistas e um comitê, definindo, por fim, a qualificação da instituição. O emissor então é notificado sobre sua “pontuação” e a nota é publicada. Após isso, também é feito o monitoramento contínuo a fim da nota ser sempre atualizada.

Quando a empresa é privada, a avaliação de risco nem sempre vai a público. De acordo com a Fitch Rating, é possível realizar uma avaliação inicial ou indicativa, sem que os dados sejam de fato publicados. Muitas companhias contratam a análise de rating a fim de entender pontos de melhoria dentro da gestão, sendo um processo comum entre as que desejam abrir seu capital futuramente no mercado, quando terão, de fato, sua nota pública.

A influência da experiência do cliente

Apesar do rating se debruçar mais sobre as questões financeiras, avaliar se uma empresa tem segurança para o mercado em que está inserida leva em conta também outros pontos. Esses podem ser direta ou indiretamente relacionados ao rating, mas são considerados dentro da própria empresa como indicativos se a trajetória e estratégia definida está surtindo efeito.

Entre os indicativos, saúde financeira, resiliência frente a dificuldades, bem como taxas de aceitação pelo público e satisfação do cliente são alguns exemplos. Isso porque, mesmo sem ligação direta com o rating, são indicativos que influenciam a percepção do público. Para se ter ideia, quando uma empresa se envolve em alguma polêmica, a tendência é que suas ações diminuam de valor.

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Para Leonardo Leão, CEO da Woli Ventures, empresa que promove soluções para desenvolvimento de negócios, a experiência do cliente está relacionada a isso. “Segundo um estudo realizado pela Harvard Business Review, 73% dos líderes de negócios dizem que entregar uma experiência relevante e confiável ao mercado é fundamental para o desempenho da empresa”, comenta.

Segundo o especialista, muitas empresas hoje usam estratégias de CX para agregarem valor a seu produto ou serviço em vez de tentar mudar preços ou quantidades. “Isso porque trabalhar com customer experience traz benefícios ao longo prazo para a marca e, com isso, a sua consolidação e valorização no mercado como um todo”, afirma Leão.

De acordo com a PwC Brasil, empresa consultora de negócios, “uma experiência personalizada pode gerar muitas recompensas. Entre elas, a possibilidade de aumentar em até 23% o preço de produtos e serviços, a fidelização dos clientes e a disposição de compartilhar dados pessoais”.

Para isso, segundo a consultora, a velocidade, a conveniência e um atendimento prestativo são apontados pelos consumidores como principais aspectos de uma boa experiência, mudando a maneira como enxergam a empresa, contribuindo com uma percepção mais positiva e, a longo prazo, aumentando o valor e também sua credibilidade no mercado.

Credibilidade no mercado

As notas das avaliações de risco têm grande valor principalmente no mercado financeiro, tanto que a maior parte dessas empresas têm suas sedes no distrito financeiro de Nova York, o mais importante no mundo atualmente.

As notas, independente da agência avaliadora, geralmente são semelhantes, pois levam em consideração os mesmos pontos de análise. Essas informações, de acordo com as próprias empresas de rating, devem ser vistas como opiniões informativas formadas a partir de dados das instituições. Ou seja, não é uma garantia, mas um indicativo baseado em dados.

Além do mercado financeiro, esse tipo de análise também é utilizada para definir a credibilidade de uma instituição, considerando não apenas os investimentos, mas também sua imagem pública de mercado.

De acordo com informações da S&P, “um rating de crédito é uma opinião informada acerca da probabilidade de um emissor honrar suas obrigações financeiras de forma tempestiva e total. Ela pode auxiliá-lo a obter conhecimento sobre — e acessar os – novos mercados, aumentar a transparência, servir como um exemplo universal, e avaliar e demonstrar a qualidade de crédito”.

Assim, a análise contribui com outros pontos da gestão, principalmente questões de transparência e organização, podendo guiar processos de melhoria a fim de tornar-se uma empresa mais confiável e com alta credibilidade. É possível saber qual o rating (quando público) de uma empresa acessando o site das agências de rating e realizando a busca.


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