O que torna uma empresa inovadora? Na lista das mais inovadoras de 2014, a revista Fast Company deu uma definição realista sobre o novo patamar do mercado e a necessidade de renovar-se. “O risco de fracasso e colapso estão sempre aí, mas a cultura de inovação em todo o mundo é mais robusta do que nunca”.
A DOM Strategy Partners, consultoria 100% nacional focada em estratégia corporativa, realizou uma pesquisa com as 500 maiores companhias do País em diferentes setores da economia para identificar as suas práticas mais inovadoras no relacionamento com o cliente. O estudo detalha qual é o foco da inovação gerada pelas organizações, como é percebida pelo público, além da maneira que é traduzida em práticas e modelos de negócios. O resultado deu origem ao ranking inédito ?As 50 empresas mais inovadoras do Brasil?, que traz a avaliação em 14 segmentos distintos.
Para qualificar e tangibilizar o valor produzido pela inovação, sob a ótica de seus usuários e clientes, a DOM se baseou nas premissas de inovação apresentadas na metodologia IAM AIR – Adequação, Incremento e Ruptura.
O método, desenvolvido pela consultoria, combina a mensuração do valor e resultados potenciais das inovações em três dimensões, classificadas por Clayton Christensen, professor e autor do livro ?O Dilema da Inovação?, são: Adequação ? as empresas buscam se equiparar aos padrões do mercado para simplesmente não serem passadas para trás; Incremento ? quando criam vantagem competitiva, mirando novos nichos pouco explorados; e Ruptura- aquela em que uma empresa nova no mercado, ao invés de tentar vencer os concorrentes, muda as regras da competição de um determinado setor, abrindo novo caminho.
Com isso, a pesquisa não se restringe ao conceito de inovação no que tange à tecnologia, mas como objeto de fortalecimento da empresa com os seus stakeholders. ?Uma boa ideia não é suficiente. Ela precisa criar valor – intangível e tangível – para que possa ser propagandeada e comercializada, e assim, ser considerada uma inovação. Este é o conceito central que distingue a inovação da invenção e investigação científica?, explica Daniel Domeneghetti, CEO da DOM Srategy Partners.
Mas o que torna uma empresa inovadora? “Ser bom no que se faz e continuar a crescerem receita não qualifica uma empresa para a lista das mais inovadoras, diz o editor senior da Fast Company, Jason Feifer “Mas há uma diferença grande entre crescimento e inovação significativa”. Portanto, o que importa, segundo ele, é inovar e impactar. Segundo um estudo da Fiesp, empresas que fomentam a inovação criam um ambiente onde as pessoas não sejam resistentes à mudança, pelo contrário, os funcionários esperam por mudanças.
A partir de um recorte inicial privilegiando as companhias que mais investem e se diferenciam pela inovação no relacionamento com seus clientes e da condução de pesquisas de campo com clientes para confirmação de que essas inovações são efetivamente relevantes e percebidas, a consultoria refinou critérios para compor o ranking das maiores empresas inovadoras, tais como oferta de produtos e serviços inovadores, interatividade no ponto de contato com o cliente, colaboração e interação on-line com clientes, disponibilização de formatos e modelos de atendimento, qualidade da gestão do relacionamento com o cliente e experiência de marca durante o consumo.
Desse levantamento, saíram as 50 empresas mais bem pontuadas. Conforme aponta o estudo, os setores bens de consumo não duráveis – em que estão listadas diversas fabricantes ? e o varejo são os que mais se destacaram como inovadores. O grupo de empresas mais bem pontuados com notas acima de nove, possui estratégia planejada de inovação a partir da percepção, avaliação e recomendação de seus consumidores. No top 10 geral da lista estão: O Boticário, NetShoes, Chilii Beans, Dilleto, Nespresso, Albert Einstein, Wine, Bradesco, Whirlpool e Habib?s.
Segundo Domeneghetti, a constatação do estudo ressalta que não existe inovação sem compreender o mercado em que as companhias atuam. ?Cada empresa tem o modelo, a demanda e o tamanho do investimento para ser destinado a inovação, de acordo com o seu segmento ou sua estratégia de negócios. A inovação, assim, não é regra, mas uma equação de sucesso?, pontua o executivo.
A pesquisa ?As 50 empresas mais inovadoras do Brasil? avaliou as empresas entre os meses de março e junho deste ano por meio de uma pesquisa com mais de três mil consumidores e informações primarias, dentre releases, relatórios, informações para investidores, assim como, secundárias, ou seja, notas, reportagens, matérias, estudos e pesquisas públicas nos últimos 12 meses. Veja a lista completa:
Daniel Domeneghetti, Sócio Grupo ECC e CEO da DOM Strategy Partners será o mediador do painel ?Pluricanal, Multicanal, Ominicanal. Para onde caminha a experiência do cliente??, dentro da 12ª edição do Congresso Nacional das Relações Empresa-Cliente. O painel acontece no dia 9 de setembro, às 11h15, dentro da programação de dois dias (9, 10) do evento no Hotel Transamérica em São Paulo.