Viajar é sempre uma alegria. Seja a trabalho ou para relaxar em uma viagem planejada, o momento traz expectativas, planos, sentimentos. E uma das piores sensações – senão a pior – dos consumidores que costumam viajar de avião é ir ao encontro de um voo atrasado ou até cancelado. A situação não é rara, pelo contrário, um número considerável de voos costuma atrasar em todo o Brasil. Nem sempre, porém, os passageiros conhecem todos os seus direitos e isso foi a inspiração para uma startup nacional criar um novo modelo de negócio.
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A NãoVoei.com funciona como uma consultoria especializada para aqueles usuários que passaram por uma situação de voo cancelado ou atrasado. A partir de uma hora de atraso já é possível reivindicar assistência das companhias aéreas, por exemplo. O processo, no entanto, pode ser burocrático e demorado, obrigando o consumidor a lidar com a falta de interesse das empresas para resolver o problema. É aí que a plataforma entra: ela busca reparações de danos a passageiros que passaram por situações de voo atrasado ou cancelado, bagagem extraviada ou overbooking nos últimos três anos.
Método
O funcionamento da startup é simples. Os passageiros relatam seu caso no site, por chat online ou telefone. O especialista em reparação de danos, então, coleta detalhes do ocorrido e valida se é passível ou não de indenização. Se sim, ele reúne a documentação necessária para buscar uma solução amigável junto à companhia aérea. Se não for possível um acordo, o caso é transferido à rede de prestadores de serviços jurídicos da empresa para adoção das medidas judiciais cabíveis.
Geralmente, cada caso demora de três a quatro meses para se resolver e o valor das indenizações, em média, fica entre R$ 2 mil e R$ 8 mil a título de danos morais, além do ressarcimento de eventuais danos materiais que o passageiro tenha arcado (alimentação, hospedagem, transporte, etc). “Quem usa bastante o transporte aéreo sabe que os atrasos são comuns. Porém, muitos deixam de correr atrás de seus direitos ou não estão preparados para resolver o problema sozinhos”, analisa Alexandre Monteiro, sócio-fundador da NãoVoei.com. “Nosso objetivo é agilizar o atendimento, promovendo o contato direto com profissionais qualificados. Em última instância, estamos contribuindo também para a melhoria da prestação de serviços das empresas aéreas”, diz.
Custos
A startup cobra do usuário apenas se houver alguma reparação de danos – nesses casos, fica com uma taxa de 30% do valor efetivamente recebido pelo passageiro. A ideia partiu da experiência de um dos sócios, que teve prejuízos profissionais quando seu voo de Curitiba a São Paulo sofreu atraso de cinco horas. Em seu primeiro mês, a NãoVoei.com prevê faturamento de R$ 30 mil e, até o final de 2017, a meta é chegar aos R$ 300 mil, somando R$ 1 milhão em indenizações.