A prefeitura de São Paulo anunciou nesta segunda-feira (10) uma nova medida que altera a forma de cobrança das empresas proprietárias de aplicativos de transporte individual na cidade, como o Uber. A intenção, segundo a administração municipal, é impedir que haja monopólio no setor, hoje dominado pelo aplicativo norte-americano. Ao inibir o crescimento excessivo destas empresas, a prefeitura também espera controlar o tamanho da frota e, com isso, incentivar os motoristas a fazerem jornadas menos longas.
Pelas regras atuais, estas empresas são obrigadas a pagar R$ 0,10 por quilômetro rodado na cidade. A alteração cria limites de rodagem progressivos a partir dos quais esta taxa sobe. Se a frota total somar menos de 7,5 mil quilômetros rodados em uma hora, a taxa básica de R$ 0,10 é mantida. A partir disso, o preço cobrado será aumentado progressivamente, e poderá chegar até a R$ 0,40, quando a operadora superar os 37 mil quilômetros por hora de uso de vias da cidade.
Uma reportagem feita pelo jornal Folha de S.Paulo, publicada em setembro deste ano, mostrou que, com um número crescente de motoristas cadastrados, pegar passageiro tem se tornado tarefa mais difícil e a receita dos motoristas está caindo, o que tem levado muitos deles a fazerem jornadas de até 12 horas por dias para compensar as perdas.
No entendimento da prefeitura, criar regras que regulem o tamanho das frotas dessas empresas é uma das soluções para evitar esses tipos de problemas. Atualmente, há quatro empresas cadastradas na administração municipal que operam aplicativos de transporte individual – Uber, 99Pop, Cabify, e EasyGo.
Com informações da Agência Brasil e Prefeitura de São Paulo