Muito provavelmente, não. E a consequência disso são pessoas se endividando ? ainda mais ? por gastos como esses, sem qualquer planejamento. O correto seria, logo no início do ano, já verificar todas as datas comemorativas ? ou que, de alguma forma, representem algum gasto ? para se programar, constando no orçamento financeiro desses meses as respectivas despesas, como a Páscoa.
É claro que esse é apenas um exemplo e muitas pessoas podem pensar que é um exagero falar em endividamento. No entanto, a minha abordagem é a educação financeira, que se baseia na mudança de comportamento, uma vez que uma atitude errônea repetidas vezes se torna um hábito, que pode comprometer seriamente a vida financeira. Por isso, pensar pontualmente, não resolve a causa do problema, muito pelo contrário.
Por isso, minha recomendação é: mude agora, não deixa para depois. Faça um diagnóstico da vida financeira, saiba exatamente para onde vai cada centavo do seu dinheiro e tenha ciência dos seus ganhos. Pode parecer óbvio, mas tem muita gente que não tem ideia do valor que ganha mensalmente, principalmente os que possuem ganhos variáveis. Esse é o primeiro passo para não ficar mais vivendo fora do padrão de vida.
Após essa análise, se perceber que possui condição de fazer as compras para a Páscoa, sem se enrolar com as finanças, ótimo! Caso contrário, com os números reais do seu orçamento em mãos, é possível traçar outras estratégias, diminuir a lista de pessoas (priorizando as crianças) ou mudar o produto presenteado, enfim, ajustando para caber no valor disponível. Boa páscoa a todos!
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Reinaldo Domingos, educador financeiro, presidente da DSOP Educação Financeira e da Editora DSOP, autor do best seller Terapia Financeira e dos lançamentos Sabedoria Financeira e Papo Empreendedor.
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