O intrigante conceito “disruptive thinking”, de Carla Buzasi, CCO da WGSN, foi o ponto de partida da mesa redonda “Pensamento Disruptivos: como criar inovações disruptivas em diferentes tipos de negócios e de empresas”. (Leia Mais: 9 maneiras de quebrar paradigmas nos negócios)
O diretor de conhecimento e plataforma de conteúdo, Jacques Meir abriu o debate com uma reflexão sobre mecanismos de recompensa no escopo das empresas, justamente uma maneira de criar um elo entre o profissional e a contínua necessidade de inovação. “Nem todas as áreas respondem por mecanismos de recompensas”, enfatizou Meir.
Público e convidados refletiram sobre o assunto, sendo que o primeiro a falar a respeito do tema foi Romeo Busarello, diretor-executivo de marketing e ambientes digitais da Tecnisa. O executivo afirmou que o funcionário é uma pessoa predisposta a inovar. No entanto, ele necessita de um incentivo, que muitas vezes é o clássico financeiro. Sem isso, é natural uma queda na quantidade de ideias que rompem com a velha prática empresarial, seja ela no todo ou especificamente em algum setor. “Se o indivíduo não vê uma recompensa financeira, ele não se engaja. E as empresas precisam desse estímulo para inovar. No entanto, as companhias devem ter em mente que o custo em inovação é uma certeza, a receita é uma esperança”, disse.
O investimento em inovação obedece uma lógica com começo, meio e fim. “E essa lógica deve partir do pressuposto do desejo do cliente. Devemos nos perguntar o que eles querem sempre”, afirmou Carla. Em seguida, o mesmo Busarello propôs visões distintas e paralelas a respeito do rompimento do velho em defesa da inovação: uma como profissional do mercado (racional) e, outra, como professor da ESPM (romântica). “Eu concordo como professor, mas discordo como executivo. As empresas, como a Kodak, não quebraram por fazer as coisas erradas, mas por fazer a coisa certa por muitos anos. As empresas estão acostumadas a ganhar dinheiro da mesma maneira”, disse Busarello.
Entre uma ou outra frase anotada pelo público, Busarello afirmou que o segredo é institucionalizar a inovação. “Não tem mais essa de preparar, apontar e fogo. É fogo o tempo todo. É pendência, você não consegue enxergar os sinais do mercado”, disse.
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