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Pandemia faz bicicleta entrar de forma definitiva na vida dos consumidores

Pandemia faz bicicleta entrar de forma definitiva na vida dos consumidores

Meio de transporte transformou-se em opção de lazer, prática esportiva e locomoção

Home-Office, entregas em casa de compras feitas pela internet, reuniões virtuais até para cantar parabéns: para o bem ou para o mau, a pandemia da Covid-19 vai deixar como marca mudanças sociais profundas. Algumas devem passar com a volta à normalidade. Já outras, como o uso da bicicleta, chegaram para ficar.

A bem da verdade, atividades como andar de bicicleta e interagir pelo mundo digital já eram tendência e, de fato, a pandemia apenas acelerou um processo que já estava acontecendo. Mas, agora, elas já foram integradas na rotina dos consumidores. A bike, por exemplo, se tornou importante para o lazer, a prática de exercícios e até para o deslocamento na cidade.

“Sem dúvida a bike já vinha numa ótima projeção. Na mobilidade urbana e na utilização de esporte e lazer como o Mountain Bike, o crescimento era constante. Fica difícil mensurar em quantos anos antecipamos, mas podemos dizer que o crescimento foi no mínimo 3 vezes maior do que o projetado para os anos de 2020 e 2021”, explica David Peterle, diretor da Oggi Bikes, atualmente o maior fabricante nacional do mercado no segmento especializado.

A bicicleta como esporte e lazer

A venda de bicicletas esportivas cresceu muito nos últimos anos. Foto: Shutterstock

Com academias fechadas e práticas de esportes coletivos banidas, atividades que podem ser feitas ao ar livre – onde as chances de contaminação pela Covid-19 são reduzidas – e sem muito contato se tornaram a melhor opção para quem queria continuar se exercitando. Por isso, no Brasil e no mundo, as vendas de bicicletas esportivas dispararam – até porque, a OMS recomendou a prática de atividades físicas para manter o sistema imunológico em dia.

E mesmo para quem não buscava suar a camisa, o ato de andar de bicicleta se tornou uma forma de lazer para sair um pouco de dentro de casa, de uma forma mais segura, e manter a saúde mental em um período complicado.

Para se ter ideia, na comparação entre março de 2019 e 2020, o número de bicicletas vendidas cresceu 6,9%. Vale destacar que, atualmente, o mercado de bicicleta está sofrendo bastante com a falta de insumos e componentes para a produção.

“Hoje em dia fica praticamente impossível pensarmos em uma projeção de vendas, pois dependemos de muitos fornecedores e estes estão com as entregas totalmente instáveis. A demanda existe e continua reprimida, acredito que ainda por pelo menos 12 meses, mas hoje a maior preocupação é se teremos insumos e matéria prima suficiente para suprir toda necessidade de consumo, tendo em vista que os principais fornecedores internacionais não param de alterar seus tempos de entrega, sem contar no constante aumento e atrasos dos fretes internacionais”, comentou David Peterle.

Mudanças na mobilidade

A bicicleta já vinha ganhando espaço na locomoção dentro das cidades por representar uma opção ágil e de baixo custo. Com a pandemia, as distâncias percorridas foram encurtadas, além de ter surgido uma maior insegurança com os transportes coletivos, como ônibus e metrô. Junta-se a isso uma maior malha de ciclovias em grandes cidades, o que trouxe ainda mais interesse pelas bikes dentro da mobilidade.

Segundo dados do Strava, houve aumento de até 248% no volume de ciclistas na ciclovia da Faria Lima, em São Paulo. No Rio, o maior crescimento aconteceu no Aterro do Flamengo, com 277%. Os dados são do mês de julho de 2020, na comparação com o mesmo período de 2019.

Ainda de acordo com a plataforma, a cidade de São Paulo registrou um crescimento de 31% no tráfego de bikes em outubro de 2020 e, na capital fluminense, ele atingiu 91% no total de atividades de bicicletas registradas no aplicativo.

O movimento que acontece no Brasil não é isolado. Em países como a Inglaterra, o governo ofereceu bonificações em dinheiro para quem fosse trabalhar de bike – o dinheiro deveria ser gasto para comprar uma bicicleta nova, ou para reformar uma antiga.

O encurtamento das distâncias percorridas também estimula o uso de bicicletas na mobilidade. Foto: Divulgação

A revolução das elétricas

Para muitos, a chave do sucesso para esta migração para o transporte e o esporte com bicicletas foi o desenvolvimento das elétricas com pedal assistido. No código de trânsito, elas têm os mesmos direitos e deveres das bicicletas “normais”, mas sua agilidade e a força adicional do motor tornam tudo muito mais simples e prático, até mesmo para quem não tem intimidade e preparo físico para as pedaladas.

Em 2020, o segmento das elétricas comercializou 32.110 bicicletas, crescimento de 28,4% em comparação com o ano anterior, alcançando o patamar de R$ 190 milhões em vendas durante o ano. Os dados são do Boletim do Mercado de Bicicletas Elétricas 2021. Destas 32.110 bicicletas a maioria foi produzida no Polo Industrial de Manaus.

Apesar disso, quem vive do mercado sabe que estes números ainda vão crescer, sinal de que a bike continuará ditando a tendência nos próximos anos não só no transporte, mas também no esporte.

“A bike elétrica veio para ficar, proporcionando ao usuário o prazer de ir e vir do trabalho, faculdade, lazer e até mesmo na prática do Mountain Bike, e tudo isso com um esforço reduzido, fazendo com que mais pessoas sejam incluídas ao mundo da bike, independentemente da idade ou da forma física. Ela é a verdadeira democratizadora da diversão”, afirma David. “O modelo com pedal assistido é uma realidade no mundo inteiro. Na questão de mobilidade, a demanda na Europa já é de 20 a 30 por cento”, completa.


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